quarta-feira, 9 de março de 2011

História: Feudalismo

AVISO AOS NAVEGANTES: Como fui insistentemente pedido para colocar o resumo de História na Internet, vou fazê-lo, já não aguento mais toda essa galera pedindo haha. Mas já vou avisando: tá uma merda. O da Mila é muito mais resumido, o meu é grande e cansativo, e foi feito pra EU ler, então se vocês forem mal na prova semana que vem não venham reclamar comigo hahah (como alguns fizeram ano passado). Fora isso é nós que tá, e não esqueça de, na prova, colocar os créditos pra mim. Hahah keskara.
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História

Primeiro Trimestre do 1º ANO do EM; Matéria: Feudalismo.

Feudalismo
Origens e Características
    • Conceito: Sistema sócio-econômico, determinado pela subordinação e exploração do camponês pelo nobre.
    • Origem: Latifúndios → Villaes → Senhorios
    • Obrigações servis:
      * Corvéia
      * Censo
      * Banalidades
      * Dízimo
      * Talha
      * Champart

               Quanto tempo de intervalo do basquete né? Poisé, como já dizia Geraldo... Voltando pro nosso basquete... o qual DEPENDEREMOS para passar de ano neste ano cheio de aventuras interessantes, rs, o Primeiro Ano do EM do Colégio Santo Antônio. Brincadeiras à parte, vamos voltar ao linguajar pseudo-culto, para que haja um melhor entendimento da matéria em questão, que por sinal não tem nos livros.
               Para entender o feudalismo, temos que ver seu conceito: ''sistema sócio-econômico, determinado pela subordinação e exploração do camponês pelo nobre''. Para entendê-lo, temos que nos preocupar em NÃO olhar pro feudalismo com nossos materialistas olhos do capitalismo. Para entender melhor o passado, temos que entender como vivia aquele povo, entender o pensamento deles, PENSAR COMO ELES; enfim. Hoje isto que vamos estudar seria um absurdo, mas para eles era tão normal quanto ir mal na prova do Sinéder pra gente.
               A ideia de exploração do camponês pelo nobre é fácil de ser entendida. O diferente do negócio é a subordinação. O camponês tinha para com o nobre, uma relação NADÍSSIMA parecida com a relação de trabalhador-empregado de hoje. O camponês tinha uma relação de subordinação. Pra gente, no capitalismo, dinheiro é TUDO, dinheiro é status, nada vale mais que dinheiro. Agora pra eles, na Idade Média, status é TERRA. Pra se ter uma ideia, quando um nobre conseguia uma terra, seu nome era até mudado. Hoje terra é bosta nenhuma pra gente, mas pra eles era bosta até demais!!!
                Veja só, com todo esse poder sensual da terra, quando o nobre permite que o camponês usufrua da terra, da sagrada terra, o mesmo passa achar que o nobre deu a ele não só terra, como VIDA. O camponês via isso como direito à vida. O camponês achava que era justo, dentro da visão de subordinação, ser explorado. É uma relação MUITO mais intensa do que é hoje a relação empregado-trabalhador.
                 Mas como podemos aplicar isso no feudalismo? Na formação do feudalismo. Primeiro, temos que entender de onde isso veio, como isso veio. Assim, para entender o feudalismo, temos que entender primeiro o Escravismo, no qual o principal gerador de riquezas era o escravo. E para entender o escravismo, temos que ir lá pro que já foi o maior Império do mundo, o Império Romano.
                O Império Romano entrou em decadência devido à crise política e econômica; a social foi consequência. Quando um imperador que eu não peguei o nome morreu sem deixar sucessor, a nobreza vai disputar e MUITO o poder. Essa disputa de poder vai durar cem anos, e dos 29 imperadores de Roma neste tempo, apenas 2 não foram assassinados pelos inimigos. Quanto mais apoio militar um nobre tinha, mais fácil era pra ele se tornar imperador, pois podia assassinar ao que estava exercendo o cargo. Esse período foi tão tenso que foi chamado de Roma em Leilão.
               Numa cidade incrível como Roma, a disputa pelo poder fez desprezar, esquecer os outros problemas. A estabilidade política provocou um processo em cadeia nada agradável. Sem muito pensar, a nobreza criou uma lei que dizia que a nobreza não mais pagaria impostos. Eles esqueceram, contudo, que os plebeus não tinham condição de sustentar o Estado: não um como Roma. Agora vamos ao raciocínio: se o Estado não arrecada, não paga soldado, e aí diminui o número de soldados, e aí não tem conquista(não tinha exército para invadir outros territórios), e como não tem conquista, não tem escravo, e como não tem escravo, não tem produção de riqueza: os escravos estavam morrendo, e não estavam sendo renovados. Tudo isso devido à lei que os nobres criaram em meio a toda aquela confusão política.
               Já estava em crise política(disputa pelo poder), crise econômica(falta de fonte de renda: escravo), e em função disso, criou-se também um clima de CRISE SOCIAL: o povo tava desesperado ao ver aquele grande Império indo pelo buraco. Não estavam sendo resolvidos nenhum dos problemas internos e as ameaças externas estavam sendo deixadas de lado. No final do SEC III, até a nobreza estava assustada !!! Mas como que essa história toda pode se encaixar no feudalismo? Bem, isso fica pra... próxima aula.
               Falando em próxima aula, ela já aconteceu. Bora lá de volta pro basquete? Na Crise que o Império tava, os patrícios(nobres) vão começar a sair da cidade e ir pros seus latifúndios(grandes domínios privados da aristrocacia). As cidades estavam perigossímas, violentíssimas!! Pessoas tops comos os patrícios não poderiam se arriscar não é mesmo? Eles então, estavam inseguros, e isso é uma das causas para eles irem morar em suas grandes propriedades de TERRA(vida).
                Nos latifúndios, quem trabalhava eram os escravos, e, portanto, toda a produção era dos patrícios. Além disso, eles tinham um exército particular, que os dava mais segurança ainda. Sabemos, CONTUDO, que com a preocupação política que o Império estava fê-lo fechar os olhos para as conquistas, e os escravos estavam em falta, já que sem conquista não há escravo. O que seria então da mão-de-obra? Papai Lúcio lhos explica: os patrícios tiveram a ideia de pegar os plebeus(pobres fudidos) das cidades, que por sinal também estavam desesperadíssimos; e, é claro, eles(os plebleus) aceitam a proposta dos patrícios, que será explicada a seguir. Há, pois, uma ruralização, patrícios vão para o campo junto com a nova mão-de-obra. Com essa ruralização, temos a transformação de LATIFÚNDIOS pra VILLAES.
               Nas villaes tinha alguns escravos ainda, lógico, mas agora vai passar a ter também o chamado colono: nosso velho amigo plebeu. Os patrícios, então, dividem a terra das Villaes em duas partes: Reserva Senhorial e Manso. Na primeira, o escravo e colono trabalhavam, e toda a produção ia pro nobre. Na segunda, só o colono trabalhava, e parte da produção ficava com ele e parte da produção ia pro nobre. Detalhe, o manso não era dos colonos, por mais que eles  utilizassem-no; continuava sendo dos patrícios, o patrício CEDIA essa terra. O segundo ressalte é para lembrarmos da ideia de SUBORDINAÇÃO que neste momento já tá sendo criada: o colono utilizava a terra(direito a vida) e era protegido em troca de tributos: mão-de-obra e produção.
               Tudo lindo e tal. Mas o que garantia que o colono não ia fugir? Vei, você é burro? O colono NÃO ia fugir. Em tese, ele era solto, mas na vida real, ele era um escravo. Escravo da terra. Se você não entende isso, você NÃO leu a introdução da matéria, e sugiro que o faça agora, senão você vai se dar mal na primeira etapa. A terra era vida. ''Terra é status''(eu que inventei isso, então não é importante tal frase). Mas agora falando sério, é importante saber que os colonos NÃO eram presos aos nobres, e sim à terra! Caso mudasse o patrício proprietário da terra, os colonos ficavam por lá mesmo, e já os escravos iam-se embora junto com seu mestre. Lembrando que essa história toda foi a partir do Sec III.
                Tudo muito simpático, né? Mas a vida e o futebol são caixinhas de surpresa, e até o final do Sec IV e início do Sec VI vão acontecer algumas coisas interesantes. Em 395 d.C o Império Romano será dividido em dois: Império Romano do Oriente e Império Romano do Ocidente. A partir dessa divisão, vai começar a ter várias invasões de bárbaros, mais uma vez: no fim do século quatro, durante todo o século cinco e até o início do século seis. As villaes vão começar a se transformar em SENHORIOS devido a essas invasões bárbaras. Antes da divisão do Grande Império, as invasões não faziam nem cosquinha, pois era só pra causar zona, e não havia CONQUISTAS. Agora não, Império Romano tava em crise e os bárbaros vão começar a conquistar territórios. E quando há conquista de cidades há conquistas também de? Exatamente, você acertou: de até então villaes.
                Os escravos e colonos eram fortes, mas não o suficiente para deter aquele poder bárbaro que mais e mais aumentava e fragmentava o Império Romano já fragmentado. E quando os bárbaros dominavam as villaes o que eles faziam? Exatamente, pegavam o território pra eles. Mas lembra-se da ideia de subordinação? Deve lembrar, né. Os colonos são escravos da terra, e de lá eles não vão sair. Matá-los? Matá-los por quê? Podemos usá-los, pensaram os bárbaros. Paradoxo mas tudo bem. Foi ai que as villaes passaram a ser chamadas de senhorios, isto é, com a dominação bárbara.
               De Villaes pra Senhorios vai haver mudança de tamanho territorial(não houve essa mudança de latifúndios pra villaes). Alguns senhorios vão ser maiores que as villaes. Vai haver, também, junção de culturas, pois os bárbaros deixavam os escravos e colonos vivos, matavam apenas os patrícios. Além disso, os senhorios vão ser divididos em três partes: além da Reserva Senhorial e dos Mansos, vai ter também as Reservas Comunais, que seria pra atender a comunidade germânica(bárbara). Agora, a grande mudança MESMO que vai haver nessa mudança de villaes pra senhorios não foi a divisão territorial, e sim a mudança da mão-de-obra. Ao invés de colonos, vai começar a surgir servos: tendo como base a ideia de escravidão dos ex-colonos pela terra. Esses servos vão ter uma grande fidelidade germânica, embora tragam a origem romana.
                Os bárbaros vão impor a cultura germânica nos trabalhadores: relação de fidelidade. É uma relação que (nós) não estamos acostumados. Os servos serviriam aos germânicos pois eles agora os garantiriam vida; e é a partir disso que o servo passa a ter uma relação de dependência com seus senhores: os laços de dependência, que são dois. O laço de servidão é um deles. Explicá-lo-emos melhor na próxima aula.
                Servo é fiel ao chefe, colono é fiel à terra. Colono não se arrisca pelo nobre. Servo se arrisca pelo senhor. Essa tal de fidelidade germânica, que está diretamente ligada aos laços de dependência é bem difícil de ser entendida. Temos que, sobretudo, ter foco. Pelo servo ter uma relação de subordinação, vai haver algumas obrigações servis(ainda no primeiro laço, que é o de dependência):
      • Corveia: tributo que o servo pagava ao nobre trabalhando pra ele. Corveia era a mão-de-obra, o tributo pago.
      • *Dízimo: existe até hoje(pra quem é burro né?): 10% da produção deve ser destinada à igreja; tanto do servo quanto do nobre. *É uma obrigação servil SIM, mas é também do senhor.
      • Censo: imposto pago do servo pro senhor anualmente. Normalmente feito em produção. Motivo: só por estar no senhorio mesmo.
      • Banalidades: imposto ou tributo pago do servo para o nobre pelo fato de o servo ter usado qualquer bem do nobre, mesmo que em benefício deste. Ex: usou uma ponte, dá metade da sua produção do dia. Era feito de forma bem aleatória a cobrança.
      • Champar: era um tributo pago para o nobre toda vez que o servo transformava terra virgem em terra cultivada. Mesmo na terra do nobre.
      • Talha: era o tributo mais odiado na Idade Média. Era a confiscão de parte da produção do servo; da produção do manso, que já vimos. A parte da produção do manso que pertencia ao senhor era chamada de TALHA. Também era aleatório, podia recolher a qualquer dia e qualquer quantidade. Robin Hood lutava contra a talha.(meu herói)
               Havia várias outras obrigações servis, mas é desnecessário citá-las uma a uma. Foram ditas as mais importantes. Entendemos a formação do Senhorio, agora falta a formação dos FEUDOS. Quem trabalhava nos senhorios eram os sevos. No feudo tabém. O que vai determinar essa formação é o PARCELAMENTO DO PODER. O segundo laço de dependência tá sendo formado agora. Estamos por volta do sec XVIII. Temos que entender como houve a transformação de Soberano pra Suserano. Mas antes, vamos dar aquelas voltas básicas porém mega legais que só o Geraldo sabe como fazê-las.
               Territórios que tinham importância militar e econômica era chamado de DUCADO, e quem governava lá era o DUQUE. Territórios que tinham importância econômica era chamado de CONDADO e quem governava era o CONDE. Territórios que tinham importância apenas militar eram chamados de MARCAS e quem governava eram os MARQUESES. As marcas ficavam quase sempre nas fronteiras.
               Nesta época, Carlos Magno era rei SOBERANO, isto é, poder SUPREMO!! Ele tinha súditos, e isso significava que ele mandava em todos, independentemente das relações de subordinação e dos laços de dependência que uma pessoa tinha com a outra. Carlos Magno ainda governava diretamente.
               Quando Magno morre, seu filho, Luiz, o piedoso assumi. Ele era broxa e não gostava de guerras, era bem religioso. Por tal, ele precisava da nobreza do lado dele(sem guerra não há conquista de guerra, hello!!) Começou então a haver re-distribuição de terras do rei para os nobres e entre os próprios nobres, porque não tinha guerra. Assim, aqueles imensos senhorios passaram a se tornar bem bem menores.
               Ao re-distribuir as terras, Luiz deixou de ser soberano e passou a ser SUSERANO, mas ele não optou por isso, ele PRECISAVA disso se quissesse evitar as malditas guerras. Acaba havendo um parcelamento do poder e por isso houve essa transição de rei suserano pra soberano, porque terra na época era poder né? Diferente do rei soberano, o rei suserano não tem súditos que o seguem forever, ele tem vassalos, isto é, aqueles aos quais ele(o rei) doou terras; no caso, os nobres. Mas esses vassalos também doavam suas terras para outros nobres, que se tornavam vassalos desse vassalo do rei. Isso é a cadeia de vassalagem, a fragmentação do poder.
               Pra ter relação entre vassalo e suserano temos o SEGUNDO LAÇO DE DEPENDÊNCIA, que é o laço da vassalagem, e, assim, finalmente, completa-se a transição de senhorio para feudo.
OBS importantes.:
  • Feudo é MUUUUITO menor que senhorio. O feudo era, também, demarcado por fenomênos naturais, como rios e tal.
  • Diferença entre súdito e vassalo: o vassalo do meu vassalo não é meu vassalo. Com os súditos, a relação com o rei era DIRETA; na vassalagem, era uma relação de DEPENDÊNCIA.
  • Laço de vassalagem era tão forte que existia cerimônia e tudo, era de fato uma relação de subordinação. Havia todo um simbolismo, que envolve até menage a trois. Brinks, só um selinho mesmo. Essa gayzisse toda é a investidura.
  • Laços de vassalagem só eram feitas de rei com nobres e de nobres com nobres, relação de servo com nobre era SERVIDÃO.
  • Um vassalo poderia ter dois suseranos: era uma hierarquia toda misturada. Toda vez que um suserano entrava em guerra, o vassalo devia seguí-lo. No casso do vassalo que tem dois suseranos, ele devia escolher um, e torcer para que vença a guerra, porque se o escolhido perder, a coisa vai ficar feia pro lado do vassalo; era considerado um crime muito grande. Era chamado felania e a maior guerra que a História já conheceu, a Guerra de Cem Anos, foi uma. Acontece que um vassalo NUNCA poderia ficar neutro. Temos que entender a diferença de mentalidade: esse negócio de ficar neutro numa coisa é coisa moderna, descolada... Na época as pessoas TINHAM de escolher um lado. Nós que temos medo de demonstrar nossas opiniões verdadeiras, somos fracassados e devemos ser queimados. O homem da Idade Média era um homem de verdade, não escondia o que sentia, falava TUDO na cara. Eles não tinham um processo civilizador(que temos hoje) que os seguravam para falar as coisas.

    (O laço de vassalagem era feito de igual pra igual: nele, o suserano e seu vassalo estabeleciam um tipo de parceria, na qual deveria prevalecer valores como a fidelidade. A cadeia de vassalagem foi, lembre-se disso, o motivo mais importante para que o poder político no feudalismo fosse fragmentado; e, também, para que os reis medievais fossem mais suseranos que soberanos)
Feudalismo
Controle mental de Igreja Católica
      => Teocentrismo
Sociedade
               => Estamental de Estratificada
               => Dividida em ordens:
    • Oratores(oram; orar)
    • Bellatores(guerream; bélico)
    • Laboratores(trabalham; lavoura)
Valor do homem ligado à terra.

                Até agora estávamos vendo ORIGENS DO FEUDALISMO. Vamos, contudo, começar a ver as características do mesmo. Temos que entender que feudalismo é fusão da cultura germânica com a romana, e que, mais do que tudo, feita pela IGREJA, que montou toda uma história. Sec V a VIII foi um período muito instável, e a igreja se fortaleceu pois segurou todo o conhecimento. O povo tinha parado de estudar, de ler, de obter conhecimento. Num lugar onde o povo é burro e a igreja dentetora do conhecimento, a igreja domina. Conhecimento é a maior coisa que podemos ter, e que ninguém tira da gente. O povo lá era ignorante, a maioria esmagadoríssima: a igreja aproveita disso e passa a criar os pensamentos, já que, como bons ignorantes, o povo da época não tinha capacidade de argumentação.
                A igreja fez todo um domínio mental na cabeça do povo. Foi algo absurdo, uma cultura muito teocêntrica. Isto é, que gira em torno de Deus. E, na visão do povo feita pela igreja, a igreja era o elo entre o homem e Deus. ''Tudo acontece porque Deus quis''. Idade Média é chamada por muitos erroneamente de Idade das Trevas, por ser o único período da História em que não se prevalecesse o nacionalismo, e sim o teocentrismo, pois a igreja controlava toda a forma de pensar. Como já dissemos, existia SIM a cultura, a teocêntrica: tudo acontecia porque Deus queria, toda explicação agia e baseava-se de uma forma sobrenatural, além do natural, que é o que dá pra explicar. (se isso tiver ficado confuso foda-se não tô aqui pra te agradar tá ligado eu entendi se você não o problema é SEU rsrsrsrsrs sou cabuloso).
                A cultura da época era mística, tudo acontecia de forma irracional. A igreja baseada na ideia de DEUS QUIS controlu a mente dos burros todos. Vimos, então, duas características da SOCIEDADE feudal: sociedade teocêntrica e sociedade mística.
                Este controle da igreja passou a estabelecer até valores, parâmetros que ela tinha na sociedade. Na Idade Média, quase tudo era pecado, e se você tem a ideia do miticismo, ou é céu ou é inferno. O pior de todos os pecados era o sexo(ui delicia). A igreja estabeleceu uma visão egoísta sobre a mulher: por Eva ter sido a responsável pelo punimento de ambos, a mulher é um animal mau.(o que não deixa de ser verdade, hein)
                Desta forma, a época da Idade Média foi quando a Igreja mais matou as mulheres, principalmente queimadas, já que o fogo era uma forma de purificação: como a mulher tinha a alma despurificada, não tinha jeito né, tinha que queimá-la todinha mesmo. Daí a ideia das bruxas: a mulher que seduzia um homem era chamada bruxa. Dentro dos padrões estabelecidos pela igreja, se você fez uma coisa errada, você tinha de ser purificado. A mulher por si só já precisava de ser purifica: seu corpo já era um pecado. Através do fogo, ela obtinha a salvação divina e ia pro céu.
                Na Idade Média, a igreja doutrinava e o povo acreditava, a igreja estabelecia o que era pecado. (Depois de uma breve discussão entre Geraldo e Bella Avelin sobre a mini saia de uma mãe de uma aluna do coleginho, retomamos a aula)
Estamos chamando a atenção pro controle católico. Pra relação muito grande entre Deus e homem, pois Deus fazia coisas que atingia o homem, na visão da época. Isso é repecoteco mas EU gosto de lê-los então vai se foder e comprar o resumo da Mila, que aliás é muito mais resumido :D
                A igreja criou uma sociedade estramental, isto é, feita através de ordens; e estratificada: quase não havia mudança de ordem, e, quando havia, era de uma ordem já grande pra uma maior ainda. Não tá claro. Vamos entender melhor. Ordem é diferente de classe social, pois MUITA gente consegue mudar de classe social. Além disso, a igreja pre determinou uma FUNÇÃO pra cada ordem. Enfim: haviam três ordens, e cada ordem era composta por um determinado grupo que tinha uma função. As ordens eram: oratores, os que oravam; o clero. Bellatores, os que guerreavam; os nobres. Laboratore, os que trabalhavam; todo o resto(servos). Foi a igreja que dividiu essa sociedade. Quem nascia laboratore não mudava nunca. Inclusive o baixo clero era laboratore, só o alto era oratore. A única mudança possível era de bellatore pra oratore.
                Como cada um tinha uma função na sociedade, reinava por lá a ideia do coletivismo. Cada um já nascia com uma função. A ideia de que se cada um exercesse bem sua função, Deus estaria em harmonia com o homem e baixaria sua miserircórdia sobre eles. Isto é, seu coração sobre a miséria humana; a salvação humana e bla bla bla.
                Na Idade Média o trabalho era visto como castigo, e por isso o clero não trabalhava rs. Ideia do castigo porque Adão fora expulso do paraíso e tinha que trabalhar pra ganhar seu sustento. Partia do trabalho pra se sustentar.
                Os laboratores já nasciam pecadores porque nasciam do pecado do sexo. Os nobres não, pois eles nasciam para uma função mais digna: guerrear. O clero nem se fala. (Essa é a visão que eles tinham).
                Temos que entender toda essa ideologia, esse coletivismo. Mas ainda nem sabemos como a igreja metonimicamente(de metonímia rs) falando, DIZIA tais coisas estudadas às pessoas da época? Simples: a galera era burra e não sabia ler, sabiam, contudo, interpretar um desenho. Naquela época, todo mundo ia à missa, e nos vitrais da igreja havia desenhos demonstrando as ideias, que hoje sabemos ter sido controles mentais. O clero construía vitrais nos arcos.
(foto do estilo de arco gótico e romano ao lado, ao invés de renascentista.)

Aula da semana acaba por aqui... semana que vem tem mais :D
                Voltando para o nosso basquete... Toda vez que o homem fizesse sua função, estava em harmonia e Deusa jogava sua misericórdia sobre ele. Caso contrário, Deus os castigava, como já vimos. Mas como era tal castigo? Era místico também, toda uma ideia baseada nos quatro cavaleiros do apocalipse, que são a fome, a doença(peste), a guerra e a morte. Esses 4 cavaleiros eram juntos o símbolo do terror medieval. Foram criados na antiguidade tardia e foram utilizados pela igreja, porque era coisa que tava na bíblia e tal. Novamente, temos a doutrinação: a igreja usou os 4 cavaleiros do apocalipse para doutrinar as pessoas.
                Quando tinha qualquer onda ruim dentro dum feudo, eles achavam que alguém não estava fazendo sua parte. Temos que entender que o COLETIVISMO presente na Idade Média era micro, e não um INDIVIDUALISMO macro como temos hoje. O que isso quer dizer? O coletivismo deles era restrito, dentro do feudo, o mundo deles era o feudo. Hoje somos globalizados(manipulados pela globo hehe brinks nada have), isto é, interagimos muito com outras nações, diferente deles da Idade Média.
                Valor do homem ligado à terra → O valor do homem era definido pela terra. Quem a tinha era bom e que não a tinha era lixo. Igreja era detentora de muita terra. Servos não tinham, só alguns, pequenas terras, as terras alodiais. Já falamos isso, mas é bom ressaltar quantas vezes forem necessárias: a importância da terra era tão grande que trazia além de status, prestígio. Quem tem a riqueza imóvel(terra) tem status, e, a partir daí, ganha riqueza móvel, poder político e tal. Tanto é que a partir da terra vamos ter três sferas do poder na Idade Média:
Poder local → O senhor feudal proprietário de terra.
Poder nacional → Rei
Poder universal → Igreja católica.

                Poder local e poder nacional, quem tem mais poder? DISPARADO o poder local, devido ao valor do homem ligado à terra. O rei é suserano apenas, ele tem direito de governar mas não consegue fazê-lo. O valor do homem é ligado à terra, e não ao rei. Desta forma, o poder local sobressai-se ao nacional. Entre poder nacional e universal, universal era mais forte. Poder nacional não era nada assim de demais, pelo visto. Agora entre poder local e universal depende de qual era ''mais forte'': o poder local é maior dentro do feudo em que ele se encontra, o senhor feudal fora do seu feudo não tem poder; a igreja não, tinha um poder em toda a área, mas dentro do feudo, o poder local era maior. Ou seja, depende da referência utilizada ne, porque dentro do feudo a igreja ainda era submissa.
(A Igreja detinha o saber e era proprietária de terras: diz-se, então, que era a maior Instituição na Idade Média. Com a fácil função de orar, fez a cabeça do povo, que acreditava em toda aquela doutrinação boba, como, por exemplo, os Cavaleiros do Apocalipse pelos quais Deus puniria o homem. Na pintura, a Igreja medieval.)

Feudalismo
Desenvolvimento
    • Século X: Consolidado → → → Crescimento demográfico
      * Economia de subsistência
      * Inovações técnicas:
      ˆ Charrua
      ˆ Cavalo
      ˆ Atrelamento
      ˆ Rotação de Cultura
    • Comércio
      * Hansas/Guildas
      * Banqueiros
      * Feiras
    • Cidades(centros administrativos, militares e religiosos)
      # Divisão do trabalho: corporações de ofício
      Resistências urbanas:
      * Cartas Comunais
      * Cartas de franquia.

               Lembrando que Carlos Magno fora o último rei soberano, seguimos em frente. Estávamos falando de características do feudalismo. Agora, já chegamos no Século X e falaremos do seu desenvolvimento, até seu ponto máximo. Falaremos sobre o sec X, XI, XII, e inicim do XIII.
               Feudalismo existiu de forma diferente em alguns lugares, como no Oriente Médio. O Feudalismo clássico é o francês, estados germânicos e o da inglaterra.
               No século X, tava consolidado já, baseado em uma coisa: economia de subsistência. TEORICAMENTE, os feudos eram autossuficientes, pois eles acreditavam que produziam tudo que era necessário, mas como eles produziam para eles, achavam que era autossuficientes. Mas na prática mesmo ninguém consegue produzir tudo, nem mesmo dentro do próprio feudo. Acabava que tinha o chamado escambo, que era troca de mercadorias sem levar em consideração o valor das mercadorias.(entre camponeses e até nobres). No escambo o que determinava a troca era a necessidade mesmo.
               Produzia para consumir e o que não consumia trocava através do escambo. Eles não produziam já PENSANDO no excedente, mas acabava que sobrava às vezes, e ai trocava lá. Tinha uma ''feirinha'' nos feudos. No Sec X tinha escambo pra tudo quando é lado dentro da teoria que eles eram autossuficientes: eles não eram-no. Escambo demonstra essa fragilidade.
               No SEC X, o feudalismo vai se desenvolver e muito, a agricultura e tudo vai melhorar demais. Mas por que? Lucin te dá as ideia: todos aqueles confrontos bárbaros, aquelas invasões... tudo isso acabara no sec VIII, tava todo mundo quietinho. Camponês não preocupava com guerra, e agora podia focar a produção. Pra amenizar atritos entre feudos, a Igreja estabeleceu a Trégua de Deus, que só podia marcar batalhas em alguns determinados dias. Isso ameniza as mortes, e o camponês volta a atenção pra produção, e com a atenção voltada pra mesma, ele busca melhorá-la: começam a surgir algumas inovações técnicas, como a charrua, que era uma pá metálica que aumentava a área de cultivo; a utilização do cavalo ao invés de boi, pois o boi era desengonçado e destruia demais a produção; atrelamento feito no ''ombro'' do animal e na boca, antes era feito no pescoço e isso matava muitos eles. Tudo isso tá aumentando a produção galera, sem ocorrimento de guerras, eles puderam PENSARRRRRRRRRR e com isso melhorar a comidinha, a agricultura.
               Agora a inovação técnica mais significante fora a ROTAÇÃO DE CULTURAS. Antes, a rotação de culturas era bienal(dividia o terreno em 2: uma parte era muito desgastada e a outra era pouco desgastada, e depois trocava); agora, passa a ser trienas: dividia o terreno em três: uma parte era muito desgastada, a outra pouco e a outra descansava. Isso permitiu que o solo passe um tempo se recuperando, sendo sempre produtivo.
               Tudo isso permitiu produção maior, e se tem produção maior, o que vai acontecer? Isso fica pra próxima aula. Oi, agora já é a próxima aula e vamos voltar pro nosso basquete. Produção maior permite o que? Crescimento demográfico, pois além de ter diminuido as guerras, a trégua de Deus/paz de Deus estabelecida pela igreja evitava muitas mortes, e se tá morrendo – preocupa + com a produção, e preocupando + com a produção tem + gente nascendo, porque tá comendo + com + disposição pra fazer amor e com + expectativa de vida. Ou seja, tem – gente morrendo e + gente nascendo.
               Sec X,XI,XII a população na Europa quadriplicou, porque o povo tá tendo uma vida muito melhor, de boa e tal. Só que essa superpopulação gera duas consequências:
      1º Consequência: arrotamento exagerado na Europa(quando terras não cultiváveis viram cultiváveis: não confudir com Champair, que era o tributo pago por fazer isso). Champair nessa época vai ter destaque maior, porque com maior população tem mais terras pra produzir. Terras que eram deixadas de lado agora vão ter destaque, e tudo por causa do aumento populacional. Existe OCUPAÇÃO MAIOR DO SOLO, e isso é importante pra crise do feudalismo que vê-la-emos depois.
      2º Consequencia: Redistribuição da população: o crescimento demográfico foi tão grande que alguns feudos passam a ficar com superpopulação, e não vai ter Terra pra esse povo todo, e ai os FILHOS dos servos tem 3 opções(os servos não pois eles são presos a terra):
Opção um: Entrar no baixo clero(laborattore nunca muda)
Opção dois: Caçar feudos longícuos que poderiam ter terras disponíveis e fixar-se lá.
Opção três: A mais escolhida → Ir pra cidade e continuar como laborattore.
               A partir daí começa uma mudança importante, pois a saída do camponês para cidade faz com que haja uma reconfiguração das cidades, que antes estavam enfraquecidas devido a ruralização causada pela decadência do império romano. As cidades eram centros administrativos, militares e religosos; poucas pessoas moravam lá e lá não havia centros comerciais. Lá moravam funcionários públicos, alto clero e militares. O forte da população mesmo tava era no campo, e nas cidades os laborattore tinham que trabalhar, pois essa era sua função. Agora o que este camponês que saiu do campo e foi pra cidade devido a falta de terra vai fazer? Artesanato, ora, na cidade não dá pra fazer agricultura. O camponês vai passar a fazer manufaturas, produtos feitos através do trabalho manual.
               Com o passar do tempo, o antigo camponês e agora sujeito urbano, começa a se especializar, a FOCAR o artesanato, a manufatura. Sua produção manufatural começa a ficar melhor, pois ele vai se especializar numa só área. Agora, nas cidades, não vai haver uma economia de subsistência, pois não tem produção agrícola(antes dava pra haver pois poucas pessoas moravam lá e era fácil levar comida dos feudos). Ai começa a se desenvolver a economia de mercado, isto é, há uma mudança de mentalidade, já que a ideia da economia de mercado é produzir pra vender. A economia da cidade passa a ser totalmente diferente da do campo. A economia de mercado começa a existir, e ai começa a desenvolver dentro da cidade o comércio, que volta a ganhar força, volta a circular com grande importância a riqueza móvel(moeda). Com a economia de mercado, tornava-se necessárias as moedas.
               Cidades que eram centros administrativos, militares e religiosos passam a ser centros comerciais. Este processo de transição funcional da cidade demorou muito tempo, embora na aula o tempo voe. (sec 10, 11, 12 e ínicio do 13: esse foi o tempo necessário para a importância das cidades ser em termos do comércio).
               ''Gente, presta atenção aqui. ÔO'': tá desenvolvendo manufatura, mas de onde vem o alimento que o povo na cidade(antes era pouco) vai comer? Afinal de contas, mais população na cidade tem que comer mais. Vai vim dos campos. Aí o camponês que tava no campo foi pra cidade trabalhar com manufatura, alguns comerciantes aproveitam isso da cidade e compram a manufatura dos camponeses pra levar lá pro campo pra vender pros servos e senhores feudais(lembra-se que os camponeses que foram pra cidade se especializaram? Poisé, as manufaturas deles eram muito melhores doque as dos servos do feudo). E lá os comerciantes compram o produto agrícola pra levar pras cidades pra vender pros artesãos(camponeses que sairam do campo devido ao crescimento demografico e se especializaram em manufatura mas agora tão com fome porque a cidade antes não tinha que ter muita comida mas agora tem. Tá confuso tudo isso mas dá pra entender).
               MAS comerciante não gosta de escambo, pois é troca sem valor. O comerciante quer moeda igual tem na cidade, e isso faz com que mude a economia de subsistência que passa a deixar de existir pra dar espaço pra economia de mercado. Moedas no campo quase não eram circuladas e agora vão fazer mais parte do cotidiano das pessoas.
               Duas observações importantes a serem feitas:
     Primeira: Divisão do trabalho. A partir da entrada da economia de mercado no campo começa a existir a divisão de trabalho. O trabalho rural era a produção agrícola e o trabalho urbano era a manufatura. Começa a existir mais intesamente a especialização: o servo passa a se especializar só na agricultura, pois tá comprando dos comerciantes as manufaturas especializadas dos artesãos. Isto é importante pra moldar os fatos do capitalismo. Origem do capitalismo tá aqui minha gente, Geraldo tem um ano pra mostrar pra gente como o capitalismo surgiu.
     Segunda observação: Comerciantes que saem da cidade e vão pro campo ficam conhecidos como burgueses. Cidades eram todas cercadas de muros, e estes muros eram chamados de burgos; o povo tava vindo dos campos pras cidades e não constrói casa dentro dos burgos, eles ficam numa outra área que era cercada por outros burgos. Burgueses não eram só os comerciantes, mas tabém os artesãos que mudavam pras cidades. Contudo, criou-se a ideia de que burguês=comerciante pois quando o comerciante ia aos feudos levar a manufatura e comprar a comida, os servos/senhores feudais chamavam-no de burguês, o que não acontecia com os artesãos, por ficarem juntos a outros burgueses. Mesmo assim, os dois o são.

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(Típica cidade na época feudal: cercada por burgos)

               Estávamos falando de quando os comerciantes estavam indo pro campo fazer comércio, levando, gradualmente, a economia de mercado pra lá. Cada vez mais eles vão querer melhorias nessa transição comercial entre cidade e campo, pois ficava difícil de ir e voltar. Com o desenvolvimento do comércio e a riqueza móvel no feudo em número cada vez maior, o mercador não tinha segurança para ir no feudo e levar um grande número de coisas. Desta forma, pra fazer rotas comerciais os comerciantes vão se unir e formar uma associação, as famosas hansas ou guildas. Hansas eram assosiação de comerciantes, uma espécie de caravana que facilitava pois controtatava mercenários para proteger os burgueses no caminho: a assosiação tinha mais dinheiro e portanto ficava mais fácil de fazê-lo. Além disso, seria montado rota comercial que passaria por várias cidades, e acabava que havia o monopólio por uma só hansa numa dada rota. Hansas faziam este monopólio pra se proteger da concorrência. Podia haver cidades que haviam encontro entre duas rotas comerciais, e isso eram as feiras da Idade Média. Nestes pontos de convergência entre duas ou mais hansas era comércio o ano todo. Os comerciantes compravam e vendiam de tudo na cidade onde iam parando, paravam também nas aldeias. MUITO dinheiro móvel começou a existir na época. É interessante ressaltar que as hansas não foram apenas em solo não, existiram também hansas marítimas, as dor mar mediterrâneo e mar do norte: as duas principais hansas marítimas chegavam em Portugal, e isso é importante para matéria nova pois foi por isso que os comerciantes de Portugal ficaram riquíssimos.
               Esse desenvolvimento do comércio gerou uma característica diferente que acabou virando um problema: na Idade Média a moeda era valorizada na quantidade de ouro e prata, acontece que as moedas de um feudo não eram iguais às moedas de outros feudos: cada feudo tinha sua moeda, seu particularismo, seu conjunto de leis e tal(coletivismo micro). Mas voltando: isso era problema sério pois comerciantes passaram a ganhar tanto dinheiro que alguns passaram a se especializar em troca de moedas: trocava moedas entre feudos para haver comércios. Tais comerciantes montavam bancas para fazer estas trocas e além disso imprestavam dinheiro a juros. Daí os famosos banqueiros.
                Começou a haver troca de moedas e desvalorização de moeda de alguns feudos, e com isso o comerciante banqueiro ganhava dinheiro. Dinheiro que circula em mais feudos valia mais. Banqueiros racharam de ganhar dinheiro com as feiras e quem se especializou nisso foram os judeus. Os queridinhos de Hitler sofriam preconceito pela Igreja, que não permitia que eles tivessem guerra. Por isso eles se especializaram no comércio. Detalhe: igreja era contra usura(busca de dinheiro) principalmente com empréstimo, pois dizia que ''ganhar dinheiro com empréstimo é ganhar dinheiro com o tempo e o tempo é de Deus e isto é um pecado terrível''. Mas lembra-se que quem se especializou em ser banqueiros foram os judeus? Exatamente: eles ignoraram isso da Igreja pois pela religião judaica eles não iriam pro inferno e portanto podiam ignorar o catolicismo. Até alguns próprios banqueiros não judeus fecharam os olhos para essa parte religiosa, alegando que iriam para o céu pois estavam pagando a dízima(obrigação servil de pagar 10% pra igreja).
               Observação interessantíssima: Igreja havia estabelecido bem e mal, maniqueísmo(pecou vai pro inferno): mas depois Igreja viu que isso não era bom pois quem pecava uma vez já ia pro Inferno mesmo, e começava a aprontar o caralho a quatro. Pra resolver este problema, a Igreja criou o purgatório que seria o lugar entre o Inferno e o Céu: se cometesse um pecado bobo, iria pro purgatório e se rezassem pela sua alma você iria para o Céu depois de um tempo. A Igreja começou a cobrar dinheiro para rezar pros mortos e o testamento da galera ia tudo pra Igreja pra quando morrer ela rezasse para eles irem pro Céu. Igreja lucrou e muito com essa história do purgatório.
               (Mudando de assunto): Com o avanço das hansas, comerciantes exploram grande quantidade de pessoas, inclusive os artesãos → hansas iam pra cidade pra comprar mais barato e vender mais caro nos feudos, mas para lucrar mais, elas vão tentar manipular os artesãos, e como forma de se proteger, eles criam as Corporações de Ofício que era uma assosiação de um mesmo grupo de artesãos que tinha como objetivo primário proteger os artesãos das hansas, mas que acabava inibindo a lirve concorrência entre mestres e artesãos. Acabou que a principal função das Corporações de Ofício passava além de proteger os artesãos, era toda uma padronizagem de produção: evitaram livre concorrência no sentido de controlar tudo. Mestre de ofício era o artesão chefe, e tinha aprendizes, e escolhia algum pra ser mestre e os outros trabalhariam pro mestre. As Corporações de Ofício controlavam o salário que era paga ao aprendiz, ao jornaleiro. A relação mestre aprendiz era muito próxima pois não existia separação entre trabalho e casa. O aprendiz morava na casa do mestre, comia com ele na mesa, era uma relação muito próxima. As Corporações de Ofício controlavam até o número de mestres que eles tinham na cidade e isso controlava toda a produção. Além da escolha do número de mestres, as Corporações de Ofício estabeleciam que não era qualquer um que poderia ser mestre, tinha todo um concurso, na qual a Obra-prima, a grande obra de um artesão, deveria ser exibida e, se fosse de fato boa, ele vivaria mestre. Pra ser mestre tem que ser muito bom. (TUDO o que foi dito sobre Corporações de Ofício é inútil pra prova pois NÃO cai).
               Voltando ao que de fato interessa: tanto as hansas como as corporações de ofício proporcionaram riqueza MUITO grande à burguesia: seja mercantil(que acabou faturando mais e vai buscar resistência contra domínio de nobres feudais) seja manufatureira. O mercador pagava tarifas demais: dentro da cidade e dentro do feudo. Ele não queria mais pagar impostos, pois tinha muito. Eles pagavam muito impostos à nobreza feudal e isso os encomodava bastante. Esses comerciantes, então, vão começara a defender a autonomia(liberdade) das cidades em relação ao nobre feudal, e poderiam conseguir de forma pacífica PAGANDO por esta autonomia: as Cartas de Franquia. Ou se não conseguissem de forma pacífica poderiam conseguir de forma rude: pagando mercenários que lutariam contra o senhor feudal e o obrigariam a assinar a Carta Comunal. Estas cartas tiravam a cidade do controle político do nobre feudal. A burguesia mercantil comprava a autonomia da cidade para não mais pagar impostos: formaria um Conselho que de 4 em 4 anos e administraria a cidade do jeito que eles queriam. É importante ressaltar que a burguesia mercantil(mercadores), com isso, ficavam livres da nobreza feudal, mas NÃO do feudalismo. A cidade passava a ter autonomia, mas continuava inserida no feudalismo: tanto é que ainda pagava impostos pros reis e AINDA pagava impostos dentro dos feudos.
               Vimos estruturação econômica e política mas temos que ver também a cultura: tinha duas, ambas teocêntrias:
Romana → Primeira que existiu e foi comum na Alta Idade Média(até Sec X)
Gótica → Baixa Idade Média(depois do Sec X)
              É importante saber isso pelas esculturas, pinturas, arte da época. As catedrais, como vimos um pouco acima, eram diferentes e isto foi o marco da diferença entre as duas culturas. Catedrais romanas tinham uma torre só, e eram escuras: tinha poucos vitrais e a luz do sol quase não entrava. Já as catedrais góticas era completamente o contrário, eram extremamente claras: altíssimas, justamente por causa do arco(veja a foto acima). Tinha um vitral na entrada chamada Rosácea e era gigantesco. Catedrais góticas eram lindas. A Igreja passou várias informações nas Catedrais, pois o povo não sabia ler nem escrever. Era por lá que era feito as ''dominações mentais'': por lá que a Igreja introduziu a sociedade mística. Catedrais foram sinônimo de cultura → Igreja passa a ensinar muitos a ler e a escrever, não dá pra falar em escola pois era uma bagunça, não tinha controle(cada pessoa falava uma coisa). Igreja começou a formar o que a gente chama de escola(pensamento uniforme). Começa a se formar Universidades: a Igreja passou a monopolizar a cultura, controlava O QUE o povo devia aprender: outra forma de manipulação das pessoas(isso até o sec XIII). A teoria principal de ensino era a escolástica, que dizia que a fé e a razão poderiam coexistir: a ideia era de usar a razão para entender algo mas explicá-lo de forma mística. Melhor maneira de mostrar isso é a teoria Geocêntrica: tudo gira em torno da Terra(racional porque aparentemente é verdade) pois Deus criou a Terra(fé). Escolástica aconteceu principlamente nas Universidades para haver o controle do questionamento: o limite era explicado pelo misticismo. Detalhe: pouquíssimas pessoas tinham acesso às Universidades: a Igreja PRECISAVA dessas pouquíssimas pessoas para ''criar novos dominadores''.

Feudalismo
CRISE
    • Desenvolvimento das cidades e do comércio → mudança de mentalidade do nobre → transformação da servidão.
    • Desestabilização da Estrutura Feudal
      * Economia
      * Política
    • Reação dos trabalhadores
      * Jacqueires
    • Fortalecimento da monarquia
               A partir do século XIII vai começar a haver a crise do feudalismo. A decadência do feudalismo foi estrutural(todas as ações que levaram a essa crise afetaram o feudalismo como um todo) e orgânica(foi de dentro do feudalismo, seu próprio desenvolvimento levou à crise).
                Vamos entender aqui → O desenvolvimento das cidades e do comércio vai gerar INDIRETAMENTE transformação da servidão. O desenvolvimento das cidades e do comércio vai gerar uma transformação na mentalidade do nobre e isso gerará a transformação na servidão que gerará a crise.(tudo interligado). Mas agora vamos entender O QUE foi esta transformação da mentalidade do nobre → na economia de subsistência com o escambo, o pagamento ao nobre era feito em tributos através do trabalho e tal, mas quando a economia de subsistência vira economia de mercado com a advinda do ápice burguês, o pagamento que o nobre preferirá será o da produção e não mais em trabalho(talha ganhou destaque nesta época). Agora, com o desenvolvimento das cidades e do comércio a nobreza quer comprar coisas de luxo, quer se diferenciar das classes mais baixas: vai começar a buscar produtos diferentes pra não virar clichê como as outras ordens. Se esta nobreza quer artigos de luxo ao invés do PRODUTO que havia ganhado destaque, vai passar a querer o nosso tão querido DINHEIRO. Mas calmaí, isso não significa que dinheiro era mais importante que terra não. Ainda. Terra era status. Ainda a terra vale mais.
               Mas quando há esta mudança de mentalidade(passa a querer dinheiro pra comprar artigos de luxo), essa busca pelo dinheiro vai afetar e muito o laço de servidão. Nobre vai querer dinheiro e vai mudar a relação com o servo, a busca pelo dinheiro vai acabar com a relação de subordinação com o servo, e restará apenas a relação de exploração. (lembra-se do conceito de feudalismo? ''sistema socioecônomico predominado pela subordinação E exploração do camponês pelo nobre'' poisé, olha como isso tá sendo quebrado). Agora só a exploração interessará ao nobre, e isso faz com que acabe a relação de fidelidade e portanto o laço de servidão é alterado. E se o laço for afroxado o feudalismo entra em crise pois PRECISA das relações pessoais. Uma delas estava se afroxando e muito pela busca constante do nobre por dinheiro.
                  Lembrando mais uma vez que a crise é estrutural: tudo tá interligado quando falamos da crise → desenvolvimento das cidades e do comércio gera mudança de mentalidade do nobre que gera mudança no laço de servidão que gera DESESTABILIZAÇÃO da estrutura feudal. Tal desestabilização é econômica e política.
Econômica: passa por um fator lógico que é a ocupação do território. Se o nobre quer mais dinheiro, tem que ocupar novas áreas, e vai acabar tendo que DESMATAR para ocupar estas áreas. DESMATANDO as áreas, há ALTERAÇÃO climática, que podia muitas vezes acabar com a produção pois passava a chover demais, por exemplo. Mas isto não foi o pior, o pior foi que ele também teve que ocupar os PASTOS e aí vai haver falta de adubo(vulgo bosta) . Em síntese, problemas climáticos e falta de adubo faz diminuir a produção, que leva à crise econômica. Mas acabou gerando outro problema pois diminuição da produção faz levar à tona a FOME, e ai vem as DOENÇAS, já diminuindo grande parte da população; além disso, vai passar a haver MAIS GUERRAS porque tava querendo mais dinheiro e aí que fode tudo porque população vai diminuir ainda mais. Uma GRANDE QUANTIDADE DE MORTES passou a haver na Europa a partir do século XIII. OBS: O servo não tava tendo condição de comer também pois passou a ser só explorado, e não mais havia uma relação bonita como a de subordinação.
                  A obnubilação do nobre, sobretudo perante as insólitas dádivas que o dinheiro havia lhe trago, fê-lo entrar numa afleimante situação que tornar-se-á seríssima: a pobreza; eis aqui um paradoxo que há de cair na prova.
                   Por ter perdido poder econômico, o nobre desesperado por dinheiro vai misturar cobre nas suas moedas, que não era valorizado. Vai passar a haver uma nova cunhagem de moeda, um tipo de ''trapaça''. Quando comerciantes descobrem sobre isso, eles vão aumentar o preço de seus produtos, e isso vai fazê-los criar uma inflação muito grande, pois a moeda era a pesagem de ouro e prata, e não cobre: os comerciantes não tinham como medir a porcentagem de cobre na moeda e por isso passaram a SUPERvalorizar seus preodutos.
                   Servos se fodem, nobres se fodem e burguesia fatura. Inclusive a burguesia manufatureira. Temos que entender que o nobre tá perdendo poder econômico e tá sem força quase nenhuma. A busca pelo poder econômico fá-lo tomar atitudes radicais. Vamos à linha de pensamento que chegará na perda de poder político: quem legitimava o poder dos nobres até então? A igreja, falando que questionar os nobres era questionar Deus. Principalmente no Século XIV vai haver um grande problema: a ideia da punição de Deus se joga contra a Igreja a igreja que a criou → O feitiço contra o feiticeiro. Galera tá com fome, sofrendo com doenças, já que século XIV a Europa tava na Peste Negra(matou mais de 1/3 da população europeia porque não aparecia sinais da doença no início), tava tendo guerra que tava matando mais gente(maior guerra de duração ocorreu neste perídio entre 1337 e 1453, entre França e Inglaterra: Guerra dos Cem Anos. Esse tanto de merda acontecendo na vida deles fez pensar assim: '' os nobres tão tendo guerra, tão BELATANDO(rs) mais do que tudo. A crise tá ai, os servos tão LAVATANDO(rs) mais que tudo. Se tá acontecendo merda com nóis, é porque a Igreja não tá ORATANDO(rs) ''.
               O povo começa a questionar a Igreja: inédito. Deus tava castigando a galera com os Cavaleiros do Apocalipse e tinha um motivo, uai: só podia ser a Igreja que não tava rezando direito. Agora vamos lá: quem legitimava o nobre? A Igreja. Quem tá sendo questionada? A igreja. Igreja sendo questionada quem perde poder político por estar deixando de ser legitimado? O nobre. Coitado.
                Desesperado por poder econômico e político, a nobreza começa a SUPER explorar os camponeses, vai ser locura locura locura: vai querer arrecadar a mesma coisa que arrecada antes de 1/3 da pop. Europeia ter morrido → IMPOSSÍVEL. Como já não existe mais a relação de laço de servidão e os servos já não aceitam mais o controle da Igreja, vai acontecer revoltas servis ou campesinas, feitas com armas mesmo. Essas revoltas vão ser violentas, vai ter um confronto violento. O exército particular do nobre tava pequeno e fraco: os camponeses mataram vários nobres na época. Jacqueires foi revoltas campesinas mais famosas e que aconteceram na Franca(o nome é porque o servo da França era Jacque). Nobreza tá FUDIDASSA: sem força econômica, sem ninguém pra legitimá-la(sem forma política) e agora sem força pra conter revoltas.
               Nobreza precisa de alguém pra legitimar seu poder e ajudá-la, esse alguém pra garantir isto é o Rei. Neste momento, o poder local perde força econômica e política, poder universal perde prestígio e poder nacional ganha e muito em tudo.
2 OBS.:
                Queda do poder local é muito maior que queda do poder universal. Poder local tá despencando, Igreja tá perdendo só um pouco, ainda é poderosa. Por que o poder nacional tá crescendo? Vai interessar dois grupos de extrema importância: burguesia e nobreza → poder nacional cresce econômicamente pela burguesia(burguesia era local e queria se transformar em nacional), burguesia queria moeda única, unificação das coisas; ai leva poder econômico pro Rei pra ele unificar o território. Por outro lado, a nobreza também tá precisando do Rei pra ele emprestar mercenários pra conter as revoltas populares. Há uma troca entre o rei e onobre: nobre abre mão do seu poder quase que soberano dentro do feudo e o rei garante o prestígio do nobre, e isso faz enfraquecer o laço de vassalagem; pois o rei tá voltando a ser soberano, e com isso o Feudalismo acaba de vez, pois só há Feudalismo quando há os dois laços: vassalagem e servidão, ambos de FIDELIDADE e não pode esquecer de falar da FIDELIDADE na prova senão ele tira 1 ponto inteiro. =[

15 comentários:

  1. nao tem de geografia esse ano nao?

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  2. Lulu, ficou ótimo! Será muito bom para um melhor entendimento da matéria haha

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  3. Hahah anônimo: acho que não!! Geografia física é muito chato, legal de resumir é quando a aula é feita no estilo geraldo/flora.
    Thaaaaai: haha fico feliz que tenha gostado, torço pelo seu sucesso!! haha keskara

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  4. LULUUUUUU, precisava do esqueminha do Geraldo porque a Wandinha não passa nem o 'roteiro' no quadro haha até onde li está ótimo, mas fica cansativo de ler aqui, vou imprimir. Deixa?

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  5. ahuahuha lóóógico que pode!! ler aqui deve ser um sacoooo =))

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  8. tem que relevar minha falta de BASE!! kkkk tudo que eu sei aprendi no csa

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  9. muito legal o resumo valeu ai me ajudou muito

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  10. vai sempre fazer os resumos?

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  11. otimo! mas to precisando da geografia dos feudais...ache pra mim boa sorte....

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  12. muito legal o resumo valeu ai me ajudou muito

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  13. Lúcio, achei seu blog interessante e acabei de ler sua resenha sobre o Diário de Anne Frank. Fiquei impressionada com a sua idade, pois foi a melhor resenha que já li sobre o livro. Você leva jeito para crítica a literária.Só achei impróprio o comentário deste post sobre o dízimo. As igrejas têm dispesas, principalmente as protestantes, que costumam oferecer diversas atividades, como escola bíblica, onde as crianças recebem lanche, material, etc, reuniões sociais, comemorações. Também há muitos funcionários (porteiros, secretários,serventes, cozinheiros, etc.) que precisam ser pagos. Porteiros, cozinheiros, secretários precisam ser pagos.Contas de água, energia, telefone, manutenção e aquisição de instrumentos musicais, etc. É claro que existem igrejas que abusam dos ingênuos membros, mas não é, em si, um ato de burrice, dar o dízimo. Minha igreja incentiva, com base na bíblia e nessas necessidades lógicas da igreja, a dar o dízimo, mas nunca somos constrangidos a isso, nem fiscalizados. É algo voluntário. E no início do ano recebemos todo o balanço financeiro.

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Seja legal hahaha.