sexta-feira, 22 de abril de 2011

História: Transição feudalismo-capitalismo

 História
Primeiro Trimestre do 1º ANO do EM; Matéria: Transição feudalismo/capitalismo.

• Transição feudalismo/capitalismo
Transformações sociais
      => Conjunturais
      => Estruturais
Trabalho
Guerra
                => Cruzadas(1096-1270)
                * 1º Cruzada(1096) - Nobres -> Religiosa
                * 2º(1147-49) e 3º Cruzadas(1189-91) - Reis -> Conquistas
                *4º Cruzada(1204) -> Comércio
→ Afirmação do Capital Mercantil
             => Burguesia Mercantil
             => Burguesia Manufatureira
             * Revolução Inglesa (Século XVII)  -> Revolução Industrial
             * Revolução Francesa



               Para entender a transição feudalismo para capitalismo temos que entender detalhadamente como há essa mudança no sistema socioeconômico. A parte que estudaremos a seguir é entre século XIV e século XVIII, este é o período de transição do feudalismo para o capitalismo, no qual ocorreu inúmeras mudanças de mentalidades. Muitos chamam a esse período de Antigo Regime, outros preferem chamá-lo de Idade Moderna. De qualquer forma, trata-se de mudanças de mentalidade.
               Ocorrem transformações socias, baseadas em mudanças conjunturais e estruturais. A mudança estrutural é do próprio sistema econômico: feudalismo pra capitalismo é uma, qual escravismo pra feudalismo. Para que haja a mudança estrutural, é necessário, contudo, um conjunto de mudanças conjunturais, mudanças de mentalidade que ocorrem dentro de um processo. É importante ressaltar que toda mudança estrutural é facilmente delimitada temporalmente: é fácil determinar quando houve tal mudança. O mesmo não vale para as mudanças conjunturais, que são incertas quanto às datas, apresentando apenas aproximações. Podemos citar como importantes mudanças conjunturais: renascimento, reforma, formação dos estados nacionais, etc. Estudaremos cada uma detalhadamente, pra ver COMO foi a transição.
          Primeiro, veremos a questão do TRABALHO. Não conseguimos delimitar quando ocorre a mudança de visualização do trabalho. O trabalho era antes compulsório(obrigatório), considerado um castigo. Hoje, também é compulsório, mas não mais um castigo, nós nos obrigamos a trabalhar, quem não trabalha é mal visto pela sociedade. Essa mudança do jeito de ver o trabalho é conjuntural, não conseguimos determinar quando de fato ocorreu, simplesmente foi acontecendo e mudando...
          Outra mudança conjuntural que não conseguimos delimitar certamente é a Revolução Industrial. Mas focá-la-emos depois. Uma importantíssima mudança conjuntural foi a Guerra. Guerras antes eram geradas por problemas religiosos ou necessidade de conquista: prestígio político, enfim. Hoje, as Guerras acontecem por questões econômicas. Para ilustrar essas mudanças de mentalidade sobre as Guerras, podemos citar as Cruzadas que, embora não tenham ocorrido no Antigo Regime, podem ser consideradas um tipo de mudança conjuntural precoce. As Cruzadas foram conjunto de lutas dos cristãos contra os muçulmanos entre 1096 e 1270 pelo controle do Oriente Médio, da Terra Santa. Isso na teoria. De forma didática, as Cruzadas foram divididas em oito, estudaremos as quatro principais e primeiras.
               Em meio do século XI, os muçulmanos, que tinham conquistado o Oriente Médio, proibiram as peregrinações. O papa, bastante irritado com isso, convoca os belatores para libertarem pois a Terra Santa dos infiéis. Para convencê-los, o Papa disse que todos que participassem da Guerra seriam purificados e perdoados de todos os pecados. Um popular, Pedro, o Eremita, organizou uma Cruzada pra ir até Jerusalém a pé: começou no norte da Itália e foi até Estambul, foi a maior caminhada do mundo, de religioso não teve nada, eles saíam roubando tudo, causando muita zona. Tal fato ficou conhecido como Cruzada Popular e foi o maior arrastão já existente na história. Era pra ser uma Guerra dos nobres e virou arrastão popular.
               A 1º Cruzada que ocorreu em 1096 foi chamada de Cruzada dos Nobres. O estímulo que os levou a luta foi o religioso, dentro da visão coletivista da sociedade feudal. E de fato a Cruzada dos Nobres foi de caráter religioso, além de ter sido um sucesso: chegaram até Jerusalém pegando, no caminho, várias terras. Essa vitória fez o feudalismo expandir-se até o Oriente Médio. Entre a 1º e 2º Cruzadas os muçulmanos conseguem recuperar novas terras e ai os novos nobres senhores feudais do Oriente Médio pedem ajuda dos Reis. Temos que entender que com isso tá deixando de ter caráter religioso pra virar conquista de Guerra, em vista a adquirir terra. Desta forma, a 2º e 3º Cruzadas foram chamadas de Cruzadas dos Reis e tiveram caráter de conquista.
               A 4º Cruzada foi dos comerciantes. Quer dizer, eles foram seus patrocinadores. Comerciantes italianos queriam juntar o comércio do Oriente pelo Ocidente. Eles contrataram mercenários pra fazer essa interligação. O objetivo era chegar no Oriente Médio, mas pararam em Bizâncio e fizeram de lá um grande pólo comercial: todas as rotas comerciais iam até lá. Eles não mais queriam atingir Jerusalém. Tem que entender a perda do caráter religioso. Só o discurso era religioso: a burguesia mercantil passou a controlar as principais rotas comerciais de produtos que iam do Oriente pro Ocidente. Dessa forma, eles vendem demais e lucram demais. Há, pois, um grandíssimo desenvolvimento econômico, uma vez que também houve o livre comércio no mar mediterrâneo, daí as famosas hansas marítimas.
               As Cruzadas foram importantes pois liberaram o mar mediterrâneo para o comércio, desenvolveram o comércio. É uma mudança conjuntural precoce que favoreceu o desenvolvimento do comércio mesmo sem estar situada no Antigo Regime.
                                   
          Falaremos agora da afirmação do capital comercial. O que foi essa afirmação? Vamos ver durante o período de transição a afirmação total do capital de circulação. Compra e vende. Não produz capital, circula capital. No Antigo Regime vai haver a grande preocupação em comprar mais barato para vender mais caro. O capital manufatureiro desenvolve mais que o mercantil com o passar do tempo, uma vez que o capital de circulação tem um limite. Burguesia manufatureira vai lucrar e muito pois abaixa custo da mão-de-obra, e há desenvolvimentos maquinários: produzem mais, dessa forma, por menos.
               Mais e mais a burguesia quer aumentar seu poder econômico e sobretudo ascenção social: a sociedade dividida por ordens não havia cessado, e a burguesia ainda era taxada como laboratore no Antigo Regime. Burguesia era resto e queria ser nobre. A burguesia mercantil achava que quanto mais poder econômico tivesse conseguiria numa dada hora a ascenção social, o que não ocorreu. Já o mercantilismo(que falaremos a seguir) atrasa o poder econômico da burguesia manufatureira. O absolutismo(que também falaremos a seguir) impedia a ascenção social. Aí a burguesia percebe que vai precisar de poder político para conseguir sua ascenção social, dai a Revolução Inglesa do Século XVII e a Revolução Francesa. Foram Revoluções da Burguesia em prol do poder político. (Estamos abrindo o cenário para depois explicá-lo em partes, portanto está tudo ficando meio vago... Vamos explicar todo o processo cautelosamente, temos o ano todo para isso: não se apresse, pois.)
               O capitalismo é oriundo(gerado) dessas duas Revoluções. A Revolução Francesa deu ao capitalismo sua estrutura juridico-política, já a Revolução Inglesa deu origem à Revolução Industrial, que carrega a parte socioeconômica do capitalismo. Ambas são Revoluções Burguesas então o capitalismo é advindo de ações da burguesia.

2 comentários:

Seja legal hahaha.