domingo, 29 de maio de 2011

História: Wandinha's feeling!

Galera, novidade por aqui... Agora estará disponível, também, misteriosamente, aulas dadas pela outra professora de História do Primeiro Ano do Ensino Médio do Colégio Santo Antônio, a respeitada Wandinha. Diferentemente das aulas do Geraldo, não separarei por assunto e sim por aula as aulas da Wandinha. Cada post será 3 aulas. Divirtam-se.


Aula 1.
              Chama-se Estado moderno pois Estado absoluto não é uma boa colocação, já que o rei tinha sim limites, não era um super homem e, por fim, variou de Estado pra Estado: não foi, dessa forma, um tipo de padrão.
'' O Estado moderno nada mais é que uma nova couraça de uma nobreza aterrorizada. '' → Os nobres não pagavam impostos pois tinham importante função pública. Na formação dos Estados nacionais houve, também, conflitos com a Igreja, por questões sobretudo territoriais. O Estado moderno se torna mais difícil mas também mais fascinante que o Estado feudal, no qual todos tinham que saber seu papel. O Estado moderno, tem que entender, nada mais é que um grande período de transição, XV -------TRANSIÇÃO------- XVIII.
               O Estado moderno é um dos elementos mais importantes desse período transitório, pois é nessa época que o que caracteriza o feudalismo tá morrendo e aquilo que caracteriza o capitalismo tá nascendo e, embora o Estado seja forte, ainda havia muita instabilidade. Se olharmos o formato externo, ainda parecia muito com o Estado feudal: mantêm-se a nobreza com poder político que ainda se sente como nobreza feudal, tendo os cargos mais importantes e não pagando impostos e a base, embora não seja composta só por servos, é ainda composta pela grande maioria do povo, como camponeses, burguesia mercantil, burguesia manufatureira; enfim, e que, assim, sustentam a nobreza e o clero ao pagar todos os impostos. Com a base tão diversificada assim, é importante notar o conflito de interesses: a base da sociedade tá formigando e em comum ela tem a busca pela melhoria de vida, que faz parte da natureza humana. Temos que ter esse olhar crítico aos diversos setores que apareceram na base. Sociedade instável e portanto violenta: revoluções burguesas do século XVII e XVIII são violentíssimas!
               O Estado moderno foi distinto em regiões e em tempo pois dependeu da DEMANDA. Embora a nobreza tenha mudado, continuava a ideia da sociedade estamental, já que seu poder era político: criava leis, tributos, taxas. A nobreza passa a viver das pensões do Estado, então quanto mais tributo tivesse melhor seria pra ela. A nobreza vai se adequando e começa a ficar ''fora de moda'' quando começa a ser questionada: ''Por que só eles mandam?'': pensou a diversificada base da sociedade. É importante ressaltar que havia relação de dependência entre os setores e funções diversas da sociedade do Estado moderno.
               A instabilidade desse período está nos tipos novos nascendo, novos interesses chocando contra o Estado: se há um grande questionamento, as tensões vão se avolumando ao longo da Idade Moderna, aumentando ainda mais a instabilidade da época. Temos que entender que de fato a burguesia conseguiu o que queria ao dar apoio econômico ao rei, a imposição de uma unidade monétaria: isso foi bom a eles, mas não perfeito. Assim, a unificação fazia haver uma relação de amor e ódio entre a burguesia e o Estado, pois facilitou em alguns aspectos à medida que atrapalhava em outros, como por exemplo a questão de ter que pagar tributo já que o rei, que era poderoso sim pois era a encarnação desse poder que de pouco em pouco se centralizava, mandava(antes depois de conseguida a Carta de franquia tributos não mais eram cobrados) → em todo lugar das cidades da época havia um fiscal.
               Chega de política política política! Política é legal, mas tenhamos dó, falemos de economia: com tantas características centralizadoras, vai haver um conjunto de normas econômicas, chamado de mercantilismo, no qual era forte a intervenção na economia. O mercantilismo foi uma consequência clara: se o Estado era politicamente centralizado, a economia também o seria. Assim, elevou-se a taxa alfandegária, e isso foi uma medida protecionista que leva à teoria da Balança comercial favorável: o país tem sempre que lucrar, seja na venda ou compra, na exportação ou na importação, não importa a quantidade e sim o valor dessa quantidade que tá em jogo. Com uma proteção tão grande assim na economia, fica difícil para um Estado 'penetrar' a economia do outro, e, dessa maneira, teremos o COLONIALISMO. Mas tenhamos paciência...

Aula 2.
               No Estado Moderno, estamental, onde a nobreza manda, onde não se questiona a nobreza, porque ela 'nasceu pra governar', o mercantilismo é o conjunto de práticas econômicas que fazem parte do estado absoluto: na aula anterior analisamos como funciona politicamente(centraliza leis, centraliza normas, unifica medidas.); agora na economia, como ele vai funcionar? Se ele é centralizador é óbvio que na economia ele vai ser intervencionista. Ser intervencionista na prática significa determinar preços das mercadorias, quantidade, circulação(o que entra o que sai), incentivar ou reprimir produção e demanda interna! É um Estado ultra controlador. Quanto maior a fiscalização maior é o poder centralizador. Essa intervenção econômica estatal tem como objetivo fortalecer o tesouro nacional, para que, assim, tal Estado torne-se poderoso. O tesouro nacional hoje seria as reservas cambiais do país(em dólar, mercadoria, tecnologia), já no Estado Moderno o tesouro nacional era o estoque de principalmente o ouro e às vezes a prata! O tesouro nacional tinha que ser bem intenso, pois quanto mais metais preciosos tinha um país, mais poderoso ele seria. Essa era a lógica desse conjunto de ações.
               Para que isso aconteça, era necessário criar o chamado de lastro(o poder que uma moeda tem) : quanto mais tesouro o Estado tiver guardado, mais lastro tem a sua moeda! O lastro hoje é dado em tecnologia → quanto mais tecnologia tem um país, mais vale sua moeda. Vamos trabalhar aqui com o que caracteriza genericamente esse Estado moderno do ocidente europeu, claro que depois vamos dar alguns exemplos específicos de alguns países específicos, mas primeiro vamos lá na generalidade.
               O metalismo: se a preocupação é que a moeda tenha lastro, o metalismo torna-se imprescindível, porque trata-se de entesourar o metal precioso o máximo possível, daí aquele desespero português e espanhol pelo metal precioso aqui na América! (extrair a riqueza de metais preciosos o máximo possível). Todas as medidas são harmônicas.
               O protecionismo: se o governo estabelecesse que um produto não seria importado ou exportado, esse produto NÃO seria importado ou exportado, de jeito NENHUM. Ex de lei protecionista que existiu na inglaterra: inglaterra e frança competiu pela produção de lã, e chegou a haver uma lei que proibia os ingleses de importar uma ovelha francesa viva, pois eles tinham medo que a ovelha francesa contaminassem o rebanho inglês e contaminassem sua lã, pois os ingleses achavam sua lã melhor que a dos franceses. Caso alguém desobedecesse, seria contrabando, traição à pátria e portanto pena de morte.

Aula 3.
               Suplemetar: mesma matéria da trimestral. Mercantilismo não podemos chamar de doutrina nem de sistema, pois na verdade é um conjunto de leis e de normas que os Estados modernos vão instituindo, criando, aplicando, medidas que a conjuntura permite ou exige. Vamos lembrar do século XV, XVI, XVII, expansionismo marítimo, da colonização do novo mundo. Novo mundo pra quem? Pro europeu, foi estranho pra eles descobrir terras novas, 'expandir' seu mundo': acharam que achavam o paraíso.    Voltamos a lembrar que esses Estados não se organizaram igualsinho ao mesmo tempo, houve diferenças em alguns Estados de quase dois séculos. Portugal já era um Estado formado, interventor, tendo tributos nacionais desde início do século XV, a frança só pode falar que é isso no final do XVI. As conjunturas internas, de maior ou menor resistência das nobrezas feudais de reunir e aplicar medidas nacionais, vão refletir nessas ações econômicas, que é o faz as pessoas viverem, que é o que gera comida, agasalho, acolhimento, ir e vir... O mercantilismo, pois, é importante lembrar novamente, apresenta especificidades: depende da conjuntura em que ocorre e da formação. Essas características dadas, que são comuns nos países que iremos estudar a seguir, serão mais ou menos aplicadas neles, dependendo das demais conjunturas internas geradas pelo expansionismo, pela demora ou precoce formação de Estado moderno.    Cada Estado, em funções de condições internas, faz leis diferentes, algumas vezes em casos extremos, leis que envolvem seus vizinhos.
               Falamos do tesouramento, do protecionismo e começamos a falar da balança comercial favorável → preocupação dos países em arrecadar mais do que gastar. (não é focar mais em exportar que importar): a questão é VALOR. Isso é fundamental. Isso é fundamental pra existência do enriquecimento de um país. O colonialismo pra alguns historiadores é a regra básica da economia, que faz funcionar a economia, pois com o colonialismo, tudo que os países queriam, eles vão ter. O que é uma colônia?    Lugar de exploração de riquezas, considerada parte do país colonizador(metrópole). Colônia faz parte da metrópole, então todas as normas que valem na metrópole valem pra lá também, logo a gal da colônia só pode comprar e vender pra metrópole; por isso vai haver corrida expansionista pra encontrar colônia que ou tem prata e ouro de cara, ou tem qualidade de solo e de clima que possam tirar mercadoria de alto valor no mercado europeu. Pra isso, eles criam medidas, o Pacto colonial, fechando a colonia aos interesses da metrópole → se os produtos da colonia, os colonos, só podem comprar e vender pra metrópole, eles tem que respeitar os preços impostos pela metrópole, que compra barato e vende caro. (pegou uma mercadoria lá por um preço barato, e leva pro mercado europeu e vende por um preço maior): a colônia não poderia vender para os outros países. O colonialismo é a grande possibilidade de enriquecimento desse país. Não é à toa, que no século XVI, as potências mais importantes da Europa são   Espanha e Portugal, pois são eles que vão ter acesso às mais ricas colônias, mesmo no final do século XV, início do XVI. Inglaterra e França tentam correr atrás do prejuízo, mas não tinham condição de fazê-lo no século XVI, pois ainda não eram Estado nacional, e Estado nacional era importante pois tinha coleta centralizada de tributos, e isso era importante para as viagens, que eram caras, nada baratas. E o medo de ir pro mar? O Estado centralizado tinha dinheiro dos tributos, poder político pra obrigar pessoas a viajarem. Corsários(piratas legalizados, mandados pelos reis para saquearem) são dessa época. Óbvio é que o mercantilismo incentivou a função naval: o comérico, em sua grande maioria, vem até hoje por navios, mega navios.
               Trabalhando o expansionismo marítimo, vemos um salto interessante que é dado nas questões tecnológicas. Bússola, por exemplo, é um invento importante que surge, bem como a caravela. Revolucionário, genial. Com relação a especifidades, vamos chamar atenção àqueles países que vão ter relações comerciais mais profundas, como também a Holanda. Mas como a Holanda só se forma como Estado ao longo do século XVI, ela vai copiando pedaços de cada um deles. O modelo português e espanhol é dado de metalismo, em algumas literaturas, inclusive em nosso livro, português é metalista e espanhol é bulionismo, mas hoje em dia chamamos os dois de metalismo! O grande objetivo é em comum: entesourar metais preciosos. Esse é o grande foco dos Estados na época, para tal, qual recurso utilizar? A colonização, esses países já consolidados como Estados modernos no final do século XV apresentam condições de investir no colonialismo. Então tudo que eles fizerem pelo Estado, política, e tal, é necesse sentido, buscar entesourar. Então cria política de exploração colonial, como extrair metal precioso, como fazer produzir no solo maravilhoso do Brasil mercadorias que tem alto valor no mercado europeu.
               A França evita a evasão de suas riquezas por meio de um modelo, realizado por um francês no ínicio do século XVII, Colberto, daí Colbertismo, que vai preocupar em motar uma estrutura em que o que tem de metal precioso na França não saia e que pelo contrário os atraia, é o sistema mais detalhado, fiscalista, controlador que existe. É dificílimo evitar a saída e controlar a entrada, mas Colbert, homem esperto, teve a ideia: compraremos matéria-prima do mundo todo, e transformá-la em objeto de valor, por isso também chamado de mercearias(prata comprada da Espanha transformada em joia, por exemplo; madeira do oriente transformada em móveis de luxo).

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