sábado, 3 de janeiro de 2015

Apresentação: proposta literária/resumos escola

Três de Janeiro de 2011(data oficial)

Na foto, o criador deste blog, aquele que vos escreve.


         Colé! Haha, brinks. Meu nome é Lúcio de Souza Cruz Neto, tenho quinze anos. Inicialmente, este seria um blog para falar de coisas banais e engraçadas; contudo, por estar entediado ao máximo nessas férias(estou num regime militar: não saio para que não engorde.), decidi ler e criticar alguns livros, postando, semanalmente, a crítica aqui, tendo plena consciência de que ninguém lerá, mas sabendo, também, que vai ser algo que me desenvolverá intelectualmente, e poderá abrir futuras portas. Nú,'' baranguei'' aqui rs.
          Tirei essa ideia de escrever sobre o que leio do meu grande professor de Português, Sinéder Guimarães; inspirei-me, também, ao ler o blog da minha também professora de Português, Maria Angélica, tal qual o blog da minha professora de Geografia, Flora. E devo ressaltar a vocês que sou um amador, aliás, pior que isso, sou um ninguém, (gordo, como vocês já devem ter notado) e que tudo escrito por mim não deve, de maneira alguma, ser levado a sério. Se quiser de fato uma boa crítica sobre uma obra, basta jogar o nome da mesma no Google, e encontrará várias, inúmeras. Como tudo sem fins lucrativos, isto aqui também não presta. Brinks, dei uma dramatizada na situação rs.
          É realmente à toa o que estou fazendo aqui, mas se você for minha mãe, e, por caridade, quiser ler, estou aberto à críticas construtivas - não venham dizer para que eu emagreça, já estou tentando, acreditem. E muito.
          Então é isso... Espero que gostem, e, se não gostarem, foda-se não nasci pra te agradar. rs Brinks de novo.
Beijo do gordo.


Mudança de função blogueristica: Nove de Março de 2011.
          Quanto tempo não venho aqui, não é mesmo? Bem, para os(poucos) que acompanham meu blog, devo me justificar: com a volta às aulas, ler livros ''extras'' tornou-se algo difícil, e, portanto, parei de vir aqui, já que, sem livro, sem crítica. Acontece que, o mesmo motivo que me fez parar de publicar no blog,  fará-me voltar a publicar nele: eis um paradoxo. Para explicar melhor isto, contarei uma história de vida, uma triste história de uma longa batalha. rs Brinks.
          No fim do ano de 2010, comecei a postar ''provalmente''(medida do intervalo de tempo entre uma prova e outra) no formspring meus 'resumos'(que de resumo nada têm, pois são gigantes) de Geografia e História. Resumos tais anotados na aula e passados a limpo no computador para que EU os leia melhor antes da prova, pois no caderno fica uma bagunça. Mas então, como ia lhos dizendo, com o tempo os amiguinhos começaram a gostar dos resumos e usá-los, também, como forma de estudo. E, como boa alma caridosa que sou, continuei a publicá-los no formspring, mesmo que, deixo claro novamente, não faço os resumos para os outros e sim para mim.
          Este ano, com a prova do Geraldo se aproximando, recebi muitos(em torno de 40) pedidos, súplicas para que eu poste os resumos no computador. E, novamente, como boa alma caridosa que sou, farei-o. Pasmem, usarei o blog como veículo de publicação. Motivos? Um: quero visualização. Dois: melhor para o povo, já que o formspring não colocava os NEGRITOS, os ITÁLICOS e nem mesmo os SUBLINHADOS; artifícios muito utilizados para chamar atenção em determinadas partes dos resumos.
          Para concluir, devo dizer que NADA escrito nos resumos(este ano deverá haver apenas de História) deve ser levado a sério, visto que eu posso ter anotado coisa errada em sala de aula além de eventuais coisas ditas porém não anotadas. Em suma, não dependa dos meus resumos ou você foder-se-á, eu NÃO tenho o compromisso de publicar todos.
          Ademais, não tenho fins lucrativos e torço pelo seu sucesso. Keskara barango né. Então é isso.
Beijo do gordo que tá quase magro.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Aviso =(

Galera, por recomendações superiores, não mais colocarei as aulas aqui. Qualquer pessoa que quiser, mande-me um email. Tristemente,
Lúcio

domingo, 29 de maio de 2011

História: Wandinha's feeling 2!

Aula 4.
           O comercialismo é um tipo inglês de mercantilismo, mas a Inglaterra também tem uma especificidade, já que teve uma dificuldade muito grande em se formar como Estado porque a nobreza resistiu muito às medidas nacionais impostas pelo rei e que envolvessem todas as regiões. Isso faz com a que a Inglaterra, assim como a França, fique atrasada no processo expansionista. Então a Inglaterra vai buscar, pra não ser naufragada pelas superpotências Portugal e Espanha, criar protecionismos internos, vai aproveitar o fato dela ter uma ilha, ter tradicionalmente que usar a navegação pra ter contato com a Europa continental. A partir do século XVI, Inglaterra dá um salto no investimento da Indústria naval, esse salto é tão bem sucedido que no século XVII vai haver um conjunto de medidas, pelo nome de Atos de navegação que é intensamente protecionista, quando a Inglaterra arranca pra se tornar uma potência.
                É criado um protecionismo absoluto nas suas fronteiras, protegendo o mar e o território. E o ponto mais fundamental disso que dizia o seguinte: nada entra nem sai da Inglaterra, que não seja embarcações inglesas. Na prática, isso significa que as potências(Portugal e Espanha) que queriam revender suas riquezas geradas nas colônias para a Europa, teriam que usar o sistema de transportes na Inglaterra. Com isso, a Inglaterra não só cria o protecionismo como incentiva a produção naval. Portugal no final do século XV era a maior potência naval, gradativamente passa a alugar e comprar os serviços ingleses e vai perdendo esse lugar, deixando de lado sua produção naval. O mesmo vale pra Espanha. No final do século XVII, Inglaterra já era chamada de a Rainha dos Mares. Possuía navios velozes e com grande capacidade de carregamento.
               Mas a Inglaterra também investirá em outras coisas, como o protecionismo incentivando o desenvolvimento da manufatura interna, comida produzem pouco e tem que importar, mas investem na produção de lã, ai investe no crescimento do gado bovino, na criação das terras para gado bovino, muitas terras do próprio Estado vão ser vendidas para criadores de ovelha, gerando o cercamento dos campos. E ainda a a pirataria: achamos que isso é algo pequeno no processo de enriquecimento de alguns países europeus, não o é. No caso da Inglaterra, é muito representativo, os Reis ingleses no final do século XVI e XVII vão fazer uso mesmo, efetivo, corriqueiro do trabalho de piratas. Corsário é pirata legalizado, do Estado. Estado dava canhões, munições, alimento, e mandava assaltar navios espanhóis que carregava ouro e prata, depois rachava isso com o governo inglês. 
         
               Elizabeth I, por exemplo, terá vários piratas protegidos. Alguns piratas atuavam não apenas no assalto como também na ocupação de terras aqui na América, para garantir a posse inglesa. Inglaterra então faz uso efetivo da ação desses corsários, então grande parte das riquezas acumuladas pela Inglaterra vai ser devido à pirataria. Isso, claro, tem relação com a própria produção naval. Muitas vezes Portugal e Espanha sabiam que os piratas eram ingleses.
               Tanto é que filmes franceses e ingleses sobre piratas passam-nos a ideia do pirata como ladrão mas legal, bacana. Como atividade acumuladora de capital MESMO, temos ideia de que França  e Inglaterra contratavam corsário, mas é claro que Espanha e Portugal também faziam-no de vez em quando, ora ou outra para fazer um trabalho sujo. 
               Agora vamos ver o último modelo mercantilista, e este aqui, na verdade, é um paradoxo, uma contradição. Definição dada de mercantilismo: conjunto de práticas econômicas características do Estado Moderno, que é ultra centralizado, e Alemanha só se unifica em 1871, mas como que Alemanha pode ter mercantilismo? Alemanha era o império originado dos germânicos, que são bárbaros, um grupo maior, mais organizados, influenciadores da mentalidade formadora do feudalismo. Esse povo tinha admiração muito grande pelo Império Romano, e aí é que entra o catolicismo. A Igreja não só tinha um poder espiritual grande, como também um poder temporal, de interferir nas decisões, com isso a Igreja ganha espaço material dentro do Império germânico, no início do Século XVI, a Igreja chegava a ter mais da metade dos terrenos nesta região. Isso é importante pra próxima matéria, Reforma protestante. 
                 Umas regiões germânicas desenvolveram mais que outras. Chegando no início do século XVI, quando os Estados europeus tão descobrindo a América, desenvolvendo o mercantilismo, acontece um episódio que pra alguns historiadores é o mais grave da transição, que tem sua origem nos Estados alemães que é a reforma protestante. A reforma protestante atinge diretamente todo mundo, leva algunsEstados germânicos a cortarem relações com o papa e se tornarem luteranos(protestantes), já outros permanecem católicos, e isso reforça as diferenças entre eles; então num momento em que a Europa ocidental os países tão se unindo, unificando, fortalecendo-se, os Estados alemães estão fortalecendo suas divisões internas; tanto é que quando Bismarck resolve ser o líder da unificação, ele tem o argumento mais mesmo da origem germânica. Hitler, que tenta fazer a Alemanha a dona do mundo, usa a origem germânica também. Como que pode falar de mercantilismo nesse caso? Cada líder volta pra questões internas uma política altamente protecionista, inclusive criando fronteiras internas. A preocupação deles era, através do protecionismo, entesourar, evitando a livre circulação de mercadorias.Isso permite um desenvolvimento inclusive desigual entre a Alemanha, já que algumas desenvolvem muito manufatura, comerciais, e outros permanecem como agricultura. (Bismarck, por isso, ao querer unificar a Alemanha, propõe exatamente acabar com as fronteiras internas). O mercantilismo  dos Estados germânicos trata-se do cameralismo. 


História: Wandinha's feeling!

Galera, novidade por aqui... Agora estará disponível, também, misteriosamente, aulas dadas pela outra professora de História do Primeiro Ano do Ensino Médio do Colégio Santo Antônio, a respeitada Wandinha. Diferentemente das aulas do Geraldo, não separarei por assunto e sim por aula as aulas da Wandinha. Cada post será 3 aulas. Divirtam-se.


Aula 1.
              Chama-se Estado moderno pois Estado absoluto não é uma boa colocação, já que o rei tinha sim limites, não era um super homem e, por fim, variou de Estado pra Estado: não foi, dessa forma, um tipo de padrão.
'' O Estado moderno nada mais é que uma nova couraça de uma nobreza aterrorizada. '' → Os nobres não pagavam impostos pois tinham importante função pública. Na formação dos Estados nacionais houve, também, conflitos com a Igreja, por questões sobretudo territoriais. O Estado moderno se torna mais difícil mas também mais fascinante que o Estado feudal, no qual todos tinham que saber seu papel. O Estado moderno, tem que entender, nada mais é que um grande período de transição, XV -------TRANSIÇÃO------- XVIII.
               O Estado moderno é um dos elementos mais importantes desse período transitório, pois é nessa época que o que caracteriza o feudalismo tá morrendo e aquilo que caracteriza o capitalismo tá nascendo e, embora o Estado seja forte, ainda havia muita instabilidade. Se olharmos o formato externo, ainda parecia muito com o Estado feudal: mantêm-se a nobreza com poder político que ainda se sente como nobreza feudal, tendo os cargos mais importantes e não pagando impostos e a base, embora não seja composta só por servos, é ainda composta pela grande maioria do povo, como camponeses, burguesia mercantil, burguesia manufatureira; enfim, e que, assim, sustentam a nobreza e o clero ao pagar todos os impostos. Com a base tão diversificada assim, é importante notar o conflito de interesses: a base da sociedade tá formigando e em comum ela tem a busca pela melhoria de vida, que faz parte da natureza humana. Temos que ter esse olhar crítico aos diversos setores que apareceram na base. Sociedade instável e portanto violenta: revoluções burguesas do século XVII e XVIII são violentíssimas!
               O Estado moderno foi distinto em regiões e em tempo pois dependeu da DEMANDA. Embora a nobreza tenha mudado, continuava a ideia da sociedade estamental, já que seu poder era político: criava leis, tributos, taxas. A nobreza passa a viver das pensões do Estado, então quanto mais tributo tivesse melhor seria pra ela. A nobreza vai se adequando e começa a ficar ''fora de moda'' quando começa a ser questionada: ''Por que só eles mandam?'': pensou a diversificada base da sociedade. É importante ressaltar que havia relação de dependência entre os setores e funções diversas da sociedade do Estado moderno.
               A instabilidade desse período está nos tipos novos nascendo, novos interesses chocando contra o Estado: se há um grande questionamento, as tensões vão se avolumando ao longo da Idade Moderna, aumentando ainda mais a instabilidade da época. Temos que entender que de fato a burguesia conseguiu o que queria ao dar apoio econômico ao rei, a imposição de uma unidade monétaria: isso foi bom a eles, mas não perfeito. Assim, a unificação fazia haver uma relação de amor e ódio entre a burguesia e o Estado, pois facilitou em alguns aspectos à medida que atrapalhava em outros, como por exemplo a questão de ter que pagar tributo já que o rei, que era poderoso sim pois era a encarnação desse poder que de pouco em pouco se centralizava, mandava(antes depois de conseguida a Carta de franquia tributos não mais eram cobrados) → em todo lugar das cidades da época havia um fiscal.
               Chega de política política política! Política é legal, mas tenhamos dó, falemos de economia: com tantas características centralizadoras, vai haver um conjunto de normas econômicas, chamado de mercantilismo, no qual era forte a intervenção na economia. O mercantilismo foi uma consequência clara: se o Estado era politicamente centralizado, a economia também o seria. Assim, elevou-se a taxa alfandegária, e isso foi uma medida protecionista que leva à teoria da Balança comercial favorável: o país tem sempre que lucrar, seja na venda ou compra, na exportação ou na importação, não importa a quantidade e sim o valor dessa quantidade que tá em jogo. Com uma proteção tão grande assim na economia, fica difícil para um Estado 'penetrar' a economia do outro, e, dessa maneira, teremos o COLONIALISMO. Mas tenhamos paciência...

Aula 2.
               No Estado Moderno, estamental, onde a nobreza manda, onde não se questiona a nobreza, porque ela 'nasceu pra governar', o mercantilismo é o conjunto de práticas econômicas que fazem parte do estado absoluto: na aula anterior analisamos como funciona politicamente(centraliza leis, centraliza normas, unifica medidas.); agora na economia, como ele vai funcionar? Se ele é centralizador é óbvio que na economia ele vai ser intervencionista. Ser intervencionista na prática significa determinar preços das mercadorias, quantidade, circulação(o que entra o que sai), incentivar ou reprimir produção e demanda interna! É um Estado ultra controlador. Quanto maior a fiscalização maior é o poder centralizador. Essa intervenção econômica estatal tem como objetivo fortalecer o tesouro nacional, para que, assim, tal Estado torne-se poderoso. O tesouro nacional hoje seria as reservas cambiais do país(em dólar, mercadoria, tecnologia), já no Estado Moderno o tesouro nacional era o estoque de principalmente o ouro e às vezes a prata! O tesouro nacional tinha que ser bem intenso, pois quanto mais metais preciosos tinha um país, mais poderoso ele seria. Essa era a lógica desse conjunto de ações.
               Para que isso aconteça, era necessário criar o chamado de lastro(o poder que uma moeda tem) : quanto mais tesouro o Estado tiver guardado, mais lastro tem a sua moeda! O lastro hoje é dado em tecnologia → quanto mais tecnologia tem um país, mais vale sua moeda. Vamos trabalhar aqui com o que caracteriza genericamente esse Estado moderno do ocidente europeu, claro que depois vamos dar alguns exemplos específicos de alguns países específicos, mas primeiro vamos lá na generalidade.
               O metalismo: se a preocupação é que a moeda tenha lastro, o metalismo torna-se imprescindível, porque trata-se de entesourar o metal precioso o máximo possível, daí aquele desespero português e espanhol pelo metal precioso aqui na América! (extrair a riqueza de metais preciosos o máximo possível). Todas as medidas são harmônicas.
               O protecionismo: se o governo estabelecesse que um produto não seria importado ou exportado, esse produto NÃO seria importado ou exportado, de jeito NENHUM. Ex de lei protecionista que existiu na inglaterra: inglaterra e frança competiu pela produção de lã, e chegou a haver uma lei que proibia os ingleses de importar uma ovelha francesa viva, pois eles tinham medo que a ovelha francesa contaminassem o rebanho inglês e contaminassem sua lã, pois os ingleses achavam sua lã melhor que a dos franceses. Caso alguém desobedecesse, seria contrabando, traição à pátria e portanto pena de morte.

Aula 3.
               Suplemetar: mesma matéria da trimestral. Mercantilismo não podemos chamar de doutrina nem de sistema, pois na verdade é um conjunto de leis e de normas que os Estados modernos vão instituindo, criando, aplicando, medidas que a conjuntura permite ou exige. Vamos lembrar do século XV, XVI, XVII, expansionismo marítimo, da colonização do novo mundo. Novo mundo pra quem? Pro europeu, foi estranho pra eles descobrir terras novas, 'expandir' seu mundo': acharam que achavam o paraíso.    Voltamos a lembrar que esses Estados não se organizaram igualsinho ao mesmo tempo, houve diferenças em alguns Estados de quase dois séculos. Portugal já era um Estado formado, interventor, tendo tributos nacionais desde início do século XV, a frança só pode falar que é isso no final do XVI. As conjunturas internas, de maior ou menor resistência das nobrezas feudais de reunir e aplicar medidas nacionais, vão refletir nessas ações econômicas, que é o faz as pessoas viverem, que é o que gera comida, agasalho, acolhimento, ir e vir... O mercantilismo, pois, é importante lembrar novamente, apresenta especificidades: depende da conjuntura em que ocorre e da formação. Essas características dadas, que são comuns nos países que iremos estudar a seguir, serão mais ou menos aplicadas neles, dependendo das demais conjunturas internas geradas pelo expansionismo, pela demora ou precoce formação de Estado moderno.    Cada Estado, em funções de condições internas, faz leis diferentes, algumas vezes em casos extremos, leis que envolvem seus vizinhos.
               Falamos do tesouramento, do protecionismo e começamos a falar da balança comercial favorável → preocupação dos países em arrecadar mais do que gastar. (não é focar mais em exportar que importar): a questão é VALOR. Isso é fundamental. Isso é fundamental pra existência do enriquecimento de um país. O colonialismo pra alguns historiadores é a regra básica da economia, que faz funcionar a economia, pois com o colonialismo, tudo que os países queriam, eles vão ter. O que é uma colônia?    Lugar de exploração de riquezas, considerada parte do país colonizador(metrópole). Colônia faz parte da metrópole, então todas as normas que valem na metrópole valem pra lá também, logo a gal da colônia só pode comprar e vender pra metrópole; por isso vai haver corrida expansionista pra encontrar colônia que ou tem prata e ouro de cara, ou tem qualidade de solo e de clima que possam tirar mercadoria de alto valor no mercado europeu. Pra isso, eles criam medidas, o Pacto colonial, fechando a colonia aos interesses da metrópole → se os produtos da colonia, os colonos, só podem comprar e vender pra metrópole, eles tem que respeitar os preços impostos pela metrópole, que compra barato e vende caro. (pegou uma mercadoria lá por um preço barato, e leva pro mercado europeu e vende por um preço maior): a colônia não poderia vender para os outros países. O colonialismo é a grande possibilidade de enriquecimento desse país. Não é à toa, que no século XVI, as potências mais importantes da Europa são   Espanha e Portugal, pois são eles que vão ter acesso às mais ricas colônias, mesmo no final do século XV, início do XVI. Inglaterra e França tentam correr atrás do prejuízo, mas não tinham condição de fazê-lo no século XVI, pois ainda não eram Estado nacional, e Estado nacional era importante pois tinha coleta centralizada de tributos, e isso era importante para as viagens, que eram caras, nada baratas. E o medo de ir pro mar? O Estado centralizado tinha dinheiro dos tributos, poder político pra obrigar pessoas a viajarem. Corsários(piratas legalizados, mandados pelos reis para saquearem) são dessa época. Óbvio é que o mercantilismo incentivou a função naval: o comérico, em sua grande maioria, vem até hoje por navios, mega navios.
               Trabalhando o expansionismo marítimo, vemos um salto interessante que é dado nas questões tecnológicas. Bússola, por exemplo, é um invento importante que surge, bem como a caravela. Revolucionário, genial. Com relação a especifidades, vamos chamar atenção àqueles países que vão ter relações comerciais mais profundas, como também a Holanda. Mas como a Holanda só se forma como Estado ao longo do século XVI, ela vai copiando pedaços de cada um deles. O modelo português e espanhol é dado de metalismo, em algumas literaturas, inclusive em nosso livro, português é metalista e espanhol é bulionismo, mas hoje em dia chamamos os dois de metalismo! O grande objetivo é em comum: entesourar metais preciosos. Esse é o grande foco dos Estados na época, para tal, qual recurso utilizar? A colonização, esses países já consolidados como Estados modernos no final do século XV apresentam condições de investir no colonialismo. Então tudo que eles fizerem pelo Estado, política, e tal, é necesse sentido, buscar entesourar. Então cria política de exploração colonial, como extrair metal precioso, como fazer produzir no solo maravilhoso do Brasil mercadorias que tem alto valor no mercado europeu.
               A França evita a evasão de suas riquezas por meio de um modelo, realizado por um francês no ínicio do século XVII, Colberto, daí Colbertismo, que vai preocupar em motar uma estrutura em que o que tem de metal precioso na França não saia e que pelo contrário os atraia, é o sistema mais detalhado, fiscalista, controlador que existe. É dificílimo evitar a saída e controlar a entrada, mas Colbert, homem esperto, teve a ideia: compraremos matéria-prima do mundo todo, e transformá-la em objeto de valor, por isso também chamado de mercearias(prata comprada da Espanha transformada em joia, por exemplo; madeira do oriente transformada em móveis de luxo).

História: Renascimento.

 História
Segundo Trimestre do Primeiro Ano do Colégio Santo Antônio; Matéria: Renascimento. Professor: Geraldo Reis.

• Renascimento
      → Conceito: Reestruturação do plano cultural, contra o controle mental religioso da Idade Média
      → Florescimento cultural  Universidades
      → Humanismo: Movimento intelectual que buscava dinamizar os estudos tradicionais, demonstrando que o homem não deveria ser submisso à vontade de Deus.
      → Características
               => Antropocentrismo
               => Individualismo
               => Classicismo
               => Hedonismo
               => Naturalismo
               => Racionalismo
               => Elitista e Urbano.

               Renascimento foi outra mudança conjuntural interessantíssima, pois é uma mudança conjuntural de MENTALIDADE. Qual foi a Reforma. Mostra justamente uma nova visão de mundo. O termo Renascimento é usado de forma errada. Vamos voltar no tempo um pouco e falar de finalsinho do século XIV, século XV e também XVI. Quando o Renascimento acabar, no século XVI, é o barroco que ocupa o seu lugar.
               Os homens da época usaram o termo Renascimento pois existia a História Antiga (Grécia antiga, Roma: onde a base de todo o pensamento é a lógica e a razão) e ai vai ter a História Média (Idade Média, na qual a base do pensamento era místico). Eles vão dizer que Idade Média acaba e aí passa haver o Renascimento: na cabeça deles, era Renascimento cultural, pois voltava a existir razão. A razão existia na Antiguidade e voltaria à tona.
               O  termo Renascimento cultural é bem preconceituoso, pois eles chamam a Idade Média de Idade das Trevas(os Renascentistas). Chamavam de Idade das Trevas pois diziam que não teve cultura na época. O que, sabemos, é mentira, já que teve sim cultura, teocêntrica. Na História, isso é muto comum: para legitimar o que você faz, você destrói o que vem antes de você. Os Renascentistas fizeram isso para valorizar seu pensamento, eles detonaram o que veio antes. Detonaram falando mal, questionando o que havia sido feito na Idade Média.
               A maior mudança de mentalidade é justamente ir contra o controle mental religioso da Idade Média, a reestruturação do plano cultural. Mas o que seria essa reestruturação do plano cultural indo controla o controle mental religioso da Idade Média? O Renascimento ia contra o controle da Igreja, não contra a Igreja; porém. Tanto é que os Renascentistas, nenhum deles vai ser ateu. Eles não gostavam da Igreja determinando o que podia e o que não podia, o que é certo e errado. Antes, a harmonia era Deus-Homem, agora, seria Homem-Meio. O homem passa a ser o agente, e o meio é onde ele vive. O homem do Renascimento busca seus limites, buca conhecimento, quer dominar o meio em que vive, conhecer o meio em que viver. Agora o homem do Renascimento quer explicar as coisas de forma racional, extremamente natural; por isso ele deve romper com o controle mental religioso. Rompe com misticismo para que haja racionalismo.
               Onde será um lugar ótimo para haver esse rompimento? Pensou certo, nas UNIVERSIDADES, que, com o passar do tempo, sairiam do controle da Igreja e desenvolver-se-iam. A burguesia vai ter acesso às Universidades, ter acesso a livros, livros antigos que eram exclusivos do alto clero. Vai começar a haver imprensa, o povo logo vai ter mais acesso a livros. Na hora que eles tem acesso a coisas do mundo antigo, começam a questionar, buscar pela lógica. Até os próprios professores vão ter acesso à literatura sem ser religiosa, vai surgir nova forma de pensamento. Antes, a Igreja que controla tudo isso; não mais.
               ''A faculdade abre sua cabeça'' => Você aprende muito lá, sua cabeça abre estrondosamente. Todo mundo tem que fazer faculdade, pois desperta um pensamento crítico, e, na época, a burguesia tá fazendo isso, indo contra a Igreja, que não permitia sua ascensão social. A Igreja pré determinava um tipo de sociedade ao qual a burguesia ia contra. Sabemos, entretanto, que depois será 1º Estado, 2º Estado e 3º Estado, determinado pelo nascimento e legitimado pelo Rei. Mas a burguesia não sabe disso ainda, lembra-se que voltamos no tempo?  A burguesia ainda tá esperançosa da ascensão social, acredita que derrubando o controle da mentalidade vai ter nova divisão. É por isso que a burguesia apoia e muito o Renascimento, pois vai ser a forma de expressar os desejos burgueses, uma propaganda burguesa.
               O Renascimento, isso cria confusões, não é uma ideologia, é a forma de expressar uma ideologia. A ideologia em questão é a ideologia humanista, referindo-se ao humanismo. O Renascimento é a expressão do humanismo. Mas o que é o humanismo? Trata-se de um movimento intelectual que buscava dinamizar os estudos tradicionais, demonstrando que o homem não deveria ser submisso à vontade de Deus. Não é que o homem não deve acreditar em Deus, mas sim não deve justificar as coisas com ''Porque Deus quis''. Tudo deve, agora, ter uma explicação racional, pensada. Humanismo busca quebrar o misticismo, e quer relação lógica, por isso que muda a relação Deus-Homem para Homem-Meio. Agora as coisas têm que ser explicadas pelo natural e não pelo sobrenatural. Humanismo ocorreu por volta dos séculos XIII,XIV,XV,XVI. Veio antes do Renascimento pois primeiro tem a ideologia, e, só depois, seu expressamento.
          OBS.:
               - Quem fez crescer o Renascimento é a burguesia, mais o humanismo(que buscava mudar a mentalidade católica), veio de dentro da PRÓPRIA IGREJA, veio da parte do clero que achava que a Igreja não podia ser daquele jeito.
               - Humanismo é universal, já o Renascimento, nacional. MEU DEUS, COMO ASSIM KRA? Acalme-se, amigo curioso. Isso fica pra próxima aula.
               Renascimento é expressão do humanismo, como que pode este ser universal e aquele nacional? Fácil: humanismo é ideologia, ideologia não muda, mas o renascimento, forma de expressar uma ideologia, SIM. O humanismo que existiu, por exemplo, na Inglaterra e na França é o mesmo, mas o jeito de expressá-lo variará. A expressão do humanismo é nacional, varia de país para país, pois a expressão do humanismo, o Renascimento, era promovido pela burguesia, e essa burguesia variava de país para país. Cada burguesia tinha seu traço e portanto o Renascimento pode ser considerado nacional, já que o Renascimento foi uma propaganda que valorizava o estilo de vida burguês, para que a burguesia consiga sua tão querida ascensão social.
               Vamos ver, agora, características do Renascimento. (humanismo, você notou, não é uma)
                   
          Antropocentrismo -> o homem no centro de tudo! O antropocentrismo veio para destruir o teocentrismo. Quer dizer que o homem é responsável pelos seus atos, não mais Deus. Estamos destruindo uma sociedade mística. O homem era responsável pelas coisas que aconteciam, tinha que assumir e ser julgado pelos seus atos.
          Individualismo -> veio para sobrepor-se ao coletivismo da sociedade feudal. Não tem nada a ver com ser egoísta, individualista. No Renascimento, a harmonia não é mais determinada pela relação Deus-homem, e sim Homem-meio, e para entrar na harmonia, tinha que ter conhecimento(entender o meio em que vive para dominá-lo). O individualismo é uma das características renascentistas pois você deve buscar sua própria harmonia. A harmonia agora se dava quando se conhecesse o meio em que se vive.
          Classicismo -> Se o homem do Renascimento vai buscar a razão, vai começar a valorizar a cultura antiga. Vai tirar como referência a cultura antiga, usar como um padrão pra expressar sua arte, pra expressar a ideologia humanista. Se, por exemplo, pegar, uma obra de arte renascentista, tem muita coisa parecida com esculturas da história antiga, fazem referência à história antiga. Chamam de classicismo pois a história antiga vira padrão, História Clássica. Padrão, referência}palavras-chave. Na verdade o Renascimento é uma cópia da História Antiga? Não! É uma referência. Valoriza aquele na estilo de vida, mas na hora de expressá-lo, coloca valores de época.
           Hedonismo -> Hedonismo veio para sobrepor os valores espirituais da Idade Média. Hedonismo nada mais é que valorizar os prazeres carnais. O povo da Idade Média tava preocupado com espírito, já no Renascimento o povo tá preocupado com os prazeres temporais, como alimentação, vestimenta, beleza do corpo-humano, que passa a ser valorizado. Esse hedonismo não é só a valorização dos prazeres carnais como comida e vestimenta, até a beleza do corpo humano é velorizada. O povo tudo pelado numa obra de arte renascentista, tá querendo mostrar a beleza do corpo humano. (homem musculoso, mulher cheia de curvas).
          Naturalismo -> Outra característica do Renascimento. O renascimento buscou muito valorizar o meio, se valoriza o meio, com certeza valoriza a natureza, se o homem vai buscar conhecer o mundo em que ele vive, estar em harmonia o meio em que ele vive, ele TEM que valorizar a natureza. Antes, o meio não era importante, agora o é. O homem da Idade Média tinha um ambiente micro, agora ele busca o seu limite, quer conhecer o mundo em que ele vive: ''até onde eu posso ir?''. Este homem da Idade Média valoriza a natureza, o ambiente, mesmo o Renascimento sendo um movimento extremamente urbano.
          Racionalismo -> O Renascimento era racionalista, havia o racionalismo: veio para contrapor o misticismo, mostrava de uma forma muito clara que tudo(ou quase) tinha explicação racional e sobretudo lógica. Veio derrubar a cultura sobrenatural, estimulando, mais uma vez, a busca do conhecimento.
         Elitista e Urbano -> Por fim, o Renascimento foi elitista e urbano, ou seja, veio da cidade. Não chega até o campo, não se preocupa com a vida no campo. E elitista pois assim não promove a defesa dos camponeses, a propaganda do estilo de vida burguês não tá preocupada com o povão.

ANÁLISE DE ''A ÚLTIMA CEIA - DA VINCI''
Ops, quadro errado. rs

Agora sim... rs.
               Notamos, no quadro em questão, típicas características Renascentistas. Uma delas é o antropocentrismo, já que Cristo, que assume o plano central do quadro, está sem sua auréola, tão constante na Idade Média. Apóstolos discutem entre si ignorando o Senhor Divino, querendo passar, também, a ideia de ''o homem é responsável pelos seus atos''.
              Vemos também o individualismo, as janelinhas no fundo mostram a natureza, o meio em que o homem vive, serras que gradualmente se escurecem. Além disso, há o equilíbrio interno, Cristo no meio, 6 carinhas pra esquerda e 6 carinhas pra direita. Preocupação com uniformização do quadro.
               Há também o classicismo, já que as vestimenta da galera do quadro é romana, traços de cultura romana, traços totalmente europeus. Jantar requintado, romano, clássico.
               Tem o hedonismo: requinte das roupas e das toalhas, mantas coloridas que eram caríssimas. (Quem patrocinou o quadro com certeza vendia tecido kkk). Outra coisa hedonista é a fartura da comida, bem como os detalhes do corpo humano.
               Naturalismo: mostra o ambiente lá fora e Racionalismo: nada no quadro é sobrenatural.
          
• Renascimento
      → Origens do Renascimento:
               => Norte da Itália.
               => Desenvolvimento urbano e burguês: mecenato.
               => Ligações com o Império Romano.
               => Fuga de sábios bizantinos.
      → Períodos:
               => Trecento.
               => Quatrocento.
               => Cinquencento.

               As origens do Renascimento remetem-nos ao norte da Itália. É importante o grifo em norte já que o sul da Itália era agrícola e rural. Renascimento foi no norte, onde tinha sociedade urbana e, enfatizo, comercial. Lá vai ter todo um conjunto de fatores que permitiu fazer o humanismo florescer, desenvolver e, assim, expressar suas teorias.
               Um desses fatores é o desenvolvimento urbano burguês -> norte da Itália era região mais rica, comerciantes italianos tinham controle do comércio(Reler Cruzadas)! Desenvolve cidade e burguesia pois circula dinheiro demais por lá, e como vai querer promover seu estilo de vida, começa a patrocionar a arte, faziam-no pois tinham muito dinheiro. Mecenato é o ato de patrocinar a arte, quem fá-lo são os mecenas. Neste caso, no norte da Itália, burguesia é mecena.
               Um outro fator é a fuga dos sábios bizantinos -> desde do século X que os turcos otomanos invadiam territórios no Oriente Médio e na Península Balcânica, eles queriam conquistar Bizâncio. Só conseguiram fazê-lo, porém, em 1453, quando termina a Idade Média. Desde o final do século XIV, quando vários sábios bizantinos viram que Bizâncio poderia cair, pegaram pergaminhos e levaram ao norte da Itália, o que deu aos renascentistas acesso ao conhecimento. Os turcos otomanos eram muçulmanos radicais, só valia para eles o que era escrito no Alcorão e eles gostavam de destruir qualquer outro tipo de conhecimento.
               Outro desses fatores é a questão das ligações com o Império Romano -> mais uma vez o classicismo está em pauta. Era muito fácil promover uma arquitetura romana sendo que aquilo ali fazia parte do dia-a-dia da população. No resto da Europa a ruralização foi bem mais forte. Classicismo então foi muito forte na Itália, somado ao poder econômico da burguesia do norte, permitiu que este norte da Itália inaugurasse o Renascimento.
      

História: Mercantilismo.


 História
Segundo Trimestre do Primeiro Ano do Colégio Santo Antônio; Matéria: Mercantilismo. Professor: Geraldo Reis.


Mercantilismo
      → Conceito: conjunto de medidas econômicas adotadas por um país para acumular metais preciosos.
      → Princípios:
             => Metalismo.
             => Desenvolvimento do comércio.
             => Balança comercial favorável.
             => Política protecionista.
             => Monopólio comercial.
             => Exploração colonial.


                       

               Mercantilismo, como já dissemos, é vinculado ao absolutismo. Embora muitos pensem, mercantilismo não diz respeito a um sistema socioeconômico: não há como definir a sociedade mercantilista. Assim, mercantilismo é só um sistema econômico. Tratou-se de um conjunto de medidas econômicas adotadas por um país para acumular metais preciosos. Foi, também, uma mudança conjuntural. O mercantilismo faz haver uma pergunta bem interessante: ''Terra ou dinheiro?''. Quem ear rico? Aquele que tinha riqueza móvel ou imóvel? O rico era quem tinha riqueza móvel, dinheiro. Terra passou a ser só status. Tal mentalidade de dinheiro é riqueza começou no século XIV e no século XVI era fato: quanto mais um Estado tem metais preciosos, mas rico ele seria. Sendo rico, poderia investir na infra-estrutura e em exército, e o autoritarismo seria fortalecido, mas ele só poderia fazê-lo se fosse autoritário.

              Mercantilismo não é algo que estuda e prôncabo, ele varia de país para país, pois cada país adota uma medida para acumular metais preciosos, bem como varia também de tempo em tempo. A Inglaterra, por exemplo, adotou três práticas mercantilistas. É interessante enxergar as mudanças no próprio mercantilismo que vão ocorrendo.
               No mercantilismo, o interessante é arrecadar. Cada país vai adotar uma política mercantilista mas que, em alguns princípios, há um padrão! Havia princípios básicos para todos os países(a forma pela qual eles obteriam esse metais é que variava).
               O primeiro desses princípios básicos é o metalismo: acumulação de metais preciosos. Mercantilismo espanhol também recebeu este nome, por isso é preciso SEPARAR o mercantilismo tipo e o mercantilismo princípio. O metalismo princípio é a acumulação de ouro e prata, é uma característica. Já o metalismo tipo é a exploração de metais preciosos das colônias espanholas.
               Um outro princípio mercantilista será o desenvolvimento comercial, pois haverá a exploração de ouro e prata, e é através do comércio que acumulá-los-á. O comércio era necessário para acumular ouro e prata. Havia, porém, colônias que as metrópoles não encontraram de cara ouro e prata. Precisa sim e muito revender, por isso o comércio.
               Citamos, também, o princípio da balança comercial favorável, que diz que se deve ARRECADAR mais do que se GASTA. Dizer que balança comercial favorável é vender mais do que se compra é errado! Isso é importanto quando pensamos em vários países que vendem matéria-prima e produto manufaturado, aí alguns ganham mais do que outros.
               Havia, por fim, a política protecionista e o monopólio comercial → quando falamos disso, tamos falando da principal característica do mercantilismo. Mercantilismo nos lembra intervencionismo econômico.(é justamente explicando essas práticas intervencionistas que vamos entender porque a burguesia odiou tanto o mercantilismo e portanto o absolutismo, vamos entender POR QUE a burguesia vai ser defensora do liberalismo econômico). Mas o que política protecionista e monópolio econômico tem haver com isso? Política protecionista são tarifas alfandegárias que tem o objetivo de proteger a economia interna de um país, e monopólio comercial é o exclusivismo comercial, só uma determinada pessoa vende determinado produto num determinado lugar. O governo estabelece política protecionista para proteger sua economia e acaba fazendo intervencionismo, ao querer proteger o mercado para melhor vender um produto e colocar taxas alfandegárias altas para não exportar matéria prima barata. O monopólio comercial também está junto dessas práticas de intervencionismo: pessoa próxima ao rei(normalmente nobre) comprava dele o monopólio de determinado produto. Isso era bom pois, na época, o lucro maior era vender pro mercado externo. Temos que entender que os monopólios comerciais restringiam o avanço da baixa burguesia, pois, dentro da sociedade corte, era mais fácil para um nobre comprar do rei o monopólio. O monopólio quem comprava era o nobre e a alta burguesia, pois tinha muito dinheiro móvel. Havia, assim, um tipo de 'acordo' entre nobre e alta burguesia, já que quem de fato controlava os monopólios era esta.
              Na colônia, você estabelece uma coisa que a o melhor fator para a balança comercial favorável, o pacto colonial, que garantia para a metrópole uma riqueza extraordinária. Pacto, é óbvio, subentende-se algo entre duas ou mais pessoas. A colônia gerava riqueza pra metrópole e em contrapartida a metrópole dá equipamento e manufatura pra colônia: isso, é claro, era muito injusto. Para haver o pacto colonial, tinha que haver um exclusivismo metrópole-colônia: colônia SÓ pode comercializar com metrópole, já a metrópole não se limitava à colônia. Logo, os produtos que as metrópoles compram serão por um preço bem baixo. Esse exclusivismo já garante a balança comercial favorável. A economia colonial tinha que ser complementar à economia da metrópole, nunca pode ser concorrente. Toda atividade econômica na colônia tinha que ser o complemento da metrópole. Pacto colonial funciona da vorma vista, com o exclusivismo colonial e portanto economia complementar: ter uma colônia era muito vantajoso quando tal pacto era colocado em prática. Cabia, então, ao Estado, ver o que a colônia podia lhe oferecer, e se não fosse favorável, não havia pacto, é claro.
               Vamos, agora, estudar mais especificamente os tipos mercantilistas.

Mercantilismo

       → Tipos:
             => Espanha – Metalismo (Bulionismo).
             => Holanda e Inglaterra – Comercialismo.
             => França – Colbertismo.
             => Estados germânicos – Cameralismo.
             => Inglaterra – Colonialismo.


               Metalismo foi o primeiro tipo de mercantilismo que existiu. Mercantilismo é século XVI, XVII, XVIII. Espanha vira absolutista no século XVI, bem como Inglaterra e França. A maioria dos reinos se transformaram em reinos absolutistas no século XVI, embora isso não valha para os Estados germânicos(Alemanha não unificada). Nos séculos XVI,XVII e XVIII, as três maiores potências em questões militares, econômicas e políticas vai ser exatamente Inglaterra França e Espanha.

              Espanha logo que iniciou o processo de colonização encontrou ouro e prata. Espanha descobriu América. É claro que existiu por lá também outros tipos de exploração, como agricultura, a prioridade, contudo, foi a mineração. A colônia espanhola era imensa, nem todos os lugares lá produziam metais preciosos e portanto alguns possuíam função agrícola. Produtos manufaturados começam a ser vendidos dentro da américa espanhola, o fato de ter o nome metalismo não pode nos levar à ideia de que acabou com agricultura.           Depois, porém, veremos cada um mais detalhado. Isso funcionou muito bem para Espanha entre século XVI e metade do XVII, porque ai a exploração de metais preciosos entrou em decadência. Lá, o pacto colonial imperava. Bulionismo também é um nome para metalismo espanhol.
               Com o sucesso espanhol, vários outros países passaram a querer colônias com ouro e prata mas não era tão simples assim, a Espanha havia dado sorte. Assim, passaram a desenvolver outras políticas mercantilistas e no caso da Holanda e da Inglaterra foi o comercialismo, entre a segunda metade do século XVI e durante o século XVII: desenvolveram e muito as práticas comerciais. Existe diferença entre comercialismo inglês e holândes. No final do século XVI, Espanha deixa de ser maior potência econômica do mundo, e ela perde esse posto justamente pra Holanda, quando começa a por em prática o comercialismo, e ai no século XVII a Inglaterra ultrapassa a Holanda e só perde esse posto de maior potência do mundo depois da Primeira Guerra. Dissemos que havia diferença de comercialismo holandês e inglês: isso fica pra próxima aula.
              No final do século XVI, como foi dito, Holanda ultrapassa Espanha e essa ultrapassagem se dá a um fato que é importante ressaltar → em 1578, a invencível armada espanhola foi destruída(não era tão invencível assim rs) pelos ingleses, que fizerem-no pois sabiam História, tinham conhecimento de famosas batalhas navais. A destruição da invencível armada espanhola prejudicou a segurança da América espanhola, e aí outros países puderam roubar ouro e prata de tal colônia. Assim, o mercantilismo espanhol ficara debilitado e dera lugar ao Holandês, que crescia bastante.
               O forte dos holandeses era estabelecer capital de circulação(comprar + barato ali e vender + caro acolá) → eles comercializavam com toda a Europa. Holandeses também desenvolveram Companhias de comércio: o monopólio não seria ao produto e sim à região. Isso fez com que houvesse grande lucro, renderam dinheiro pra cacete.
               Vamos agora ver comercialismo inglês → muito forte e desenvolvido, só supera o Holandês, porém, em 1651, quando os ingleses viram que não tinha jeito de encontrar riquezas na América inglesa e que práticas metalistas não mais serviriam, pois não havia, por lá, metais. Então, passam a adotar práticas mercantilistas holandesas. Contudo, diferente dos holandeses, os ingleses produziam para vender. Ingleses tentaram criar Companhias de Comércio, mas monópolio por região não deu certo, aí, exatamente em 1651, Inglaterra MUDA suas práticas mercantilistas, ultrapassando a Holanda. Mas por que Companhias de Comércio deu certo para Holanda e não para a Inglaterra? O preço do monopólio por região era muito superior ao do monopólio por produto, por isso vários comerciantes, juntos, tinham que comprá-lo. Isso era bom para o governo também, pois quanto mais as Companhias arrecadavam, mais impostos eram criados. Para que as Companhias explorassem terras, o governo tinha que aceitar, era o governo que NOMEAVA as companhias. Assim, os comerciantes tinham que agradar o governo o tempo inteiro, senão byebye monopólio. Quando a Inglaterra inventa as Companhias de Comércio, não deu certo, elas quebraram! Inglaterra tinha comercialismo(produzia produtos têxteis para vendê-los) mas não deu certo a EXPLORAÇÃO.
               Inglaterra pirateou demais nessa época, roubou muito ouro e prata dos navios espanhóis! Inglaterra supera a Holanda a partir de 1651 pois todo mundo comprava produtos têxteis ingleses, mas até 1651, Holanda que os REVENDIA(lembra-se que ela era mestre em capital de circulação? Comprar barato e vender caro?). Holanda revendia os famosos produtos têxteis ingleses para vários outros países, ganhando muito dinheiro, até que, em 1651, Oliver Cromwell cria o Ato de navegação, que dizia que em qualquer relação comercial feita com a Inglaterra deveria ser utilizado navios ingleses ou da mercadoria → o comercialismo com a Inglaterra seria, agora, direto, e os intermediários(como a Holanda) se fodiam. Assim, Inglaterra virou a maior potência mundial, comercializava, literalmente, com o mundo inteiro. É bom enfatizar que o Ato de navegação valiam tanto pra importação quanto pra exportação: eliminava, de fato, o intermediário.
               Holanda, além de vender a lã da Inglaterra para outros países, revendiam matéria prima de outros países para a Inglaterra e, por isso, se fodeu MESMO com o Ato de Navegação. E também é justamente em 1651 que o metalismo espanhol tá em total decadência.
               Existiu alguns países que também geraram riquezas consideráveis como a França, que também foi comercialismo, recebeu o nome de Colbertismo, já que a política mercantilista foi elaborada pelo ministro Colbert, de Luís XIV, que definiu o comercialismo francês: produção de artigo de luxo. Corte de Luís XIV, como dito há um bom tempo, era símbolo de requnte para todas as cortes do mundo. Tudo era copiado dos frances(comida, roupa, danças, joias...) → ''Se eles querem copiar, por que não comprar? '' Pensou o gordo porém sagaz Colbert. Colbert muda o cenário, desenvolve e MUITO a produção de várias coisas para vender artigos de luxo para toda a Europa e aí desenvolver agricultura na França, pois além de ter abastecimento interno bom, não teria que importar comida. O dinheiro que seria para importar comida foi usado para criar artigos de luxo para vender para fora. Colbertismo, então, foi o comercialismo de artigo de luxo francês.
              Outra prática mercantilista que se destacou foi a dos Estados germânicos, que tinha autoritarismo dos príncipes, embora AINDA não fosse unificado(nossa querida Alemanha de Hitler ainda não existe). País pequeno compra por preço ruim, então alguns dos Estados germânicos se uniram e formaram uma espécie de Cooperativa: os Estados germânicos em questão vendiam pra Cooperativa que revendia para o mercado externo, e o contrário também vale. Cooperativa tinha tesouro, e como mercantilismo era baseado nisso, ficou chamado de Cameralismo → tesouro de Estado.
               Agora, pra encerrar: Colonialismo inglês: ingleses não exploravam suas colônias, no final do século XVII, início do século XVIII, começam a ter controle de colônias na África e na Ásia. Vão ter direito de explorar através de acordos internacionais tais colônias, por meio de dois tratados, e aí entra no mercado da América. E volta com as Companhias de comércio que, agora, que vai haver a exploração, dará certo.